Professores protestam por valorização



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Cerca de 100 profissionais da rede municipal de ensino protestaram em frente ao Paço Municipal na tarde de ontem, como forma de chamar a atenção da administração municipal à valorização de auxiliares de educação e professores. Com isso, o prefeito Vitor Lippi anunciará uma proposta, referente às reivindicações, na próxima terça-feira, dia 12, conforme informações da Secretaria de Comunicação (Secom). De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS), Sergio Ponciano de Oliveira, a entidade já vem pleiteando uma negociação com a Prefeitura desde o mês de maio e está confiante em um resultado positivo.

Esses profissionais já haviam realizado outra manifestação na quarta-feira, quando pararam o trânsito da rodovia SP-79 por aproximadamente cinco minutos. Entre os protestantes, estavam auxiliares de educação infantil e professores, que dizem ter salários insuficientes de acordo com as funções que acabam exercendo nas escolas e creches da cidade. Os auxiliares compareceram em maior número e suas principais reivindicações são a redução da carga horária e aumento de salário, já que, atualmente, o profissional da área recebe R$ 989,66 por oito horas trabalhadas. "O nosso salário é uma miséria e, além disso, somos profissionais administrativos quando convém à Prefeitura e educadores também", afirma a auxiliar Maria Maia da Cruz.

Maria também reclamou da demora em promover um encontro com a administração municipal, para que ocorresse uma negociação. De acordo com a auxiliar de educação, a categoria espera desde maio uma reunião, que vem sendo sempre adiada. 

Professores 
Alguns professores também participaram do protesto e aproveitaram para expor suas reivindicações junto à Prefeitura. "Nós temos uma jornada desgastante e um salário miserável. Professor em Sorocaba precisa ter jornada dupla para sobreviver, pois ganhamos apenas R$ 1,5 mil por mês", ressalta a professora Solange Pereira. Ela ainda conta que a administração municipal cobra os educadores por metas, porém não valoriza a categoria.

Segundo Solange, a Prefeitura ainda não equiparou os salários referentes aos professores de Educação Básica (PEB) 1 - que lecionam do ensino infantil ao 5º ano -, com os de PEB 2, que dão aulas aos alunos do 6º ano ao Ensino Médio. "É o mesmo salário do que quando exigiam somente o magistrado para o PEB 1. Agora é um requisito básico ter ensino superior para lecionar na rede municipal de Sorocaba, tanto para o PEB 1, quanto para o 2", explica. 

Reunião com prefeito 
De acordo com a Secretaria da Comunicação (Secom), a secretária de Educação Maria Teresinha Del Cístia e o vice-prefeito José Ailton Ribeiro receberam representantes do protesto na tarde de ontem, para informar que Vitor Lippi irá realizar uma reunião com os auxiliares de educação, como forma de anunciar um acordo. Nesse encontro deverão participar representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, além de uma comissão da categoria. A reunião acontecerá no Paço Municipal, às 8h30 da próxima terça-feira, dia 12. 

O presidente do SSPMS informa que o sindicato sempre esteve presente para pleitear as reivindicações dos profissionais e que as negociações estão avançadas. "Estamos confiantes em um resultado positivo", opina. Sobre a demora no anúncio de uma proposta, reclamada pelos auxiliares de educação, Oliveira explica que se trata de uma negociação "complexa", pois é uma pauta isolada e não de acordo coletivo. "Por isso é uma negociação mais lenta. Posso dizer, com certeza, de que são mais de 2,5 mil funcionários envolvidos", ressalta. (André Moraes)

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