Existe Fidelidade Partidária?


do jornal da estância
Acompanhamos até o último dia 07, a mobilização em torno das filiações partidárias no Brasil, visando o pleito de 07 de outubro de 2012. Duas novas legendas foram criadas no País.  O PSD de Gilberto Kassab, desfalcando legendas como o DEM e o PSDB, e o PPL com a promessa de dar uma nova cara à política nacional. 
Definiu o TSE que os políticos que tivessem mandato e migrassem para essas novas legendas teriam até trinta dias após sua criação e não correriam o risco de perder seus cargos eletivos.  E assim começou a troca-troca.
No Brasil temos 29 partidos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, 2 partidos estão com seus processos tramitando junto ao TSE.  Além disso, mais 5 partidos já possuem seu registro nos TREs de pelo menos um estado, e estão aguardando registro junto ao TSE.  Temos ainda mais 28 siglas que não informam em seus sites o andamento de seus processos de registro junto aos órgãos competentes.
Então partimos do princípio de que 36 legendas estão aptas a disputarem o próximo pleito. 
O sistema eleitoral brasileiro precisa de mudanças urgentes para que possamos construir uma democracia forte onde o voto seja partidário e não neste ou naquele aventureiro.  Se fossemos descrever neste artigo a inviabilidade de se votar em pessoas, e não nos partidos, simplesmente as 16 páginas deste jornal seriam poucas para tal descrição.
Em nossa cidade temos algumas legendas tradicionais e outras que só aparecem em época de eleição municipal, para satisfazer o interesse desta ou daquela coligação, ou seja, os chamados partidos de gaveta, que só da saem escrivaninha em época eleitoral.
Alguns partidos mais tradicionais manipulam estas agremiações como se fosse o Programa Topa ou não Topa do SBT.  Escreve-se o nome dos candidatos em pequenos pedaços de papel, se colocam o nome das siglas, e joga-se tudo para o alto.  Quem cai aqui é candidato por esse partido, ali pelo outro e assim vai...
Como podemos falar em democracia forte se a essência dela é o povo que acaba sempre enganado nestas maracutaias políticas que só servem aos interesses dos poderosos.
Em 2008 o PMN elegeu 2 vereadores que acabaram deixando o partido recentemente. E o que aconteceu com a legenda em São Roque?
 Políticos circulam por agremiações partidárias como se estivessem viajando de férias, e o povo sempre assiste de camarote e acaba dando nota dez em todos os quesitos, mesmo que não seja carnaval e sim um evento que define a vida política de uma localidade pelos próximos quatro anos.
Claro que temos políticos comprometidos com os anseios da comunidade, mas infelizmente estes são exceções a regra.
Defendemos sim uma mudança no sistema eleitoral do País, uma mudança que contemple a sociedade e não grupos que usam o poder para lutar por seus interesses em detrimento da população.

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1 Comentários

  1. O sistema vai mudar, mas ao invês de uma mudança em que facilite para a população complica ainda mais o entendimento e facilita para aqueles que querem que o povo continue sem entender nada e apenas indo a urna achando que vai eleger um tiririca, mas na verdade está indo eleger, outros quatro ou cinco "corruptos" que certamente não estariam lá. Se bem que isso não adianta muito, sempre dão um jeito de arrumar um ministério aqui, uma secretaria ali, e estão todos metendo a mão no dinheiro de novo.

    Quando o povo vai se levantar? Vai se levantar?

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