Na próxima segunda-feira (22) a Rede Feminista de Saúde apresentará a Campanha "Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas" para órgãos governamentais, ONGs, movimentos sociais, agências multilaterais, parlamentares e outros, durante uma audiência pública será realizada a partir das 17h, no auditório da Secretaria de Políticas para as Mulheres, em Brasília. A reunião será coordenada pela Ministra Nilcea Freire.
O evento integra as ações do Dia Internacional da Não - Violência contra as mulheres, celebrado em 25 de novembro. A ação é coordenada pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe - RSMLAC em nível continental, e no Brasil é impulsionada pela Rede Feminista de Saúde.
No encontro serão apresentadas as propostas e os resultados da Ponto Final no seu primeiro ano de atividade. Télia Negrão, coordenadora da campanha, explicou que a proposta deste programa é diferente de outros que incentivam a punição do agressor, por exemplo. Segundo ela, o objetivo da campanha Ponto Final é "chamar a atenção da sociedade para refletir sobre a violência contra mulheres e meninas".
"Estamos questionando os padrões culturais e morais que fizeram com que as pessoas se acostumassem com a violência de gênero. A meta da campanha é criar uma mobilização social de pessoas que condenam e que digam Não! à violência de gênero, raça e etnia contra as mulheres", ressaltou.
Télia esclareceu que a campanha tem caráter internacional já que é originária da África e da Ásia e está sendo desenvolvida em outros três países, além do Brasil: Bolívia, Guatemala e Haiti. Ela disse que a campanha foi trazida para o Brasil em 2008 e que desde então, foram feitos estudos, planejamento e adaptações, de acordo com a realidade brasileira. "Em 2009 foi feito um trabalho para sensibilizar possíveis parceiros", completou.Depois deste trabalho preparatório, a campanha começou a ser desenvolvida, no início deste ano, em diversas localidades. Um exemplo é o da comunidade Campo da Toca,
Ela enfatizou que a campanha já foi lançada em 14 estados brasileiros, em sessões de assembleias legislativas, câmara de vereadores, universidades, através de palestras e oficinas de formação.
A coordenadora explicou que a campanha é aberta à adesão de qualquer pessoa interessada em defender a causa. Para isso, basta divulgar o material de campanha através de reuniões, palestras, oficinas, rodas de discussão. O material que inclui folder, banner, cartaz, vídeos e estudos, está disponível no site:
http://www.campanhapontofinal.com.br/.
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