'Árbitro-modelo' quer esquecimento por gol 100 e diz que não daria amarelo a Ceni
Apesar de ter mostrado amarelo a Rogério Ceni, Guilherme Ceretta teve boa atuação no clássico
Com apenas 27 anos, Guilherme Ceretta de Lima é apontado como uma das principais revelações da arbitragem nacional e, no último domingo, fez parte de um feito histórico do futebol. Ele comandou o clássico entre São Paulo e Corinthians em que o goleiro Rogério Ceni fez seu 100º gol, em uma cobrança de falta na vitória tricolor por 2 a 1.
Mas o juiz não quer ser lembrado por esse jogo. Apesar de sua atuação ter sido elogiada, ele prefere o anonimato. Para Ceretta, seus pares entram para história do futebol apenas pelos erros. “Não quero ser lembrado, meu nome só vai estar na súmula, como poderia ser qualquer outro. Se tivesse feito um jogo ruim, aí sim eu seria lembrado nessa marca”, contou.
O único ponto lamentado pelo árbitro foi ter de dar o cartão amarelo a Rogério Ceni por ele ter tirado a camisa na comemoração, o que, para ele, é um “erro” da regra. “E ela tem esses ‘erros’ que, mesmo não concordando, temos de cumprir. O Rogério sabe que a regra tem de ser cumprida.”
Professor formado em educação física e dono de uma escolinha de futebol na cidade de São Roque [interior de São Paulo], Ceretta também concilia sua carreira de árbitro profissional com a de modelo, apesar de usa agenda escassa. “Já perdi muitos trabalhos por falta de tempo”.
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