23/03/2011

Bando invade escola e rouba professor

Léo Arcoverde
do Agora
SÃO VICENTE - Dois homens e um adolescentes renderam ontem uma inspetora, invadiram uma escola em São Vicente (65 km de SP) e roubaram dinheiro e pertences de funcionários --incluindo professores-- da instituição de ensino. A Polícia Militar deteve dois suspeitos.
Segundo a Polícia Civil, o roubo ocorreu às 10h, na escola estadual Margarida Pinho Rodrigues, no bairro Vila Margarida. Ninguém se feriu.
De acordo com investigadores, o trio utilizou uma arma de brinquedo --parecida com uma pistola 380-- para render a inspetora da escola no momento em que ela abria o portão para a saída de um aluno acompanhado da mãe.
Painel:
Dolorosa 1 Além do constrangimento, a mudança do vice Guilherme Afif para o PSD trará ao governo paulista um outro dissabor: no QG do tucano Geraldo Alckmin, é consenso que os remanescentes do DEM terão de ser contemplados com cargos na administração.

Dolorosa 2 Parceiro da coligação vitoriosa, o DEM deve manter a quarta maior bancada da Assembleia, com sete deputados. Como na montagem do governo Afif foi o único "demo" aquinhoado, alckmistas temem deixar à deriva um aliado que, entre outros dotes, detém generosa fatia da propaganda eleitoral na TV.
Numa nice Em conversa com Alckmin na tarde de sexta, depois de assinar o estatuto do PSD, Afif obteve do governador a garantia de que todos os aditivos incorporados à "supersecretaria" de Desenvolvimento, por ele tocada, serão mantidos.

Clonado Kassab usou o CNPJ do DEM para registrar o domínio psd.org.br.

Recrutamento O prefeito paulistano quer o tucano Gustavo Fruet no PSD. Derrotado na disputa pelo Senado, o ex-deputado planeja concorrer à Prefeitura de Curitiba, mas sofre resistência do PSDB, que deve apoiar a reeleição de Luciano Ducci (PSB), ex-vice de Beto Richa. Fruet pediu 15 dias para voltar a conversar
SP registra "fuga" de delegados de polícia
Nos últimos cinco anos, Estado tem um pedido de saída do cargo a cada 14 dias; associação critica salário
Delegacia Geral diz que aumentará exigência para ingresso na polícia e que pretende tornar carreira mais atrativa

ROGÉRIO PAGNAN

DE SÃO PAULO
VENCESLAU BORLINA FILHO
HÉLIA ARAUJO

DE RIBEIRÃO PRETO

Marcos Araguari tornou-se, em 2004, delegado de polícia de São Paulo após aprovação em um dos mais concorridos concursos do país. Quatro anos depois, mudou-se para o Paraná para recomeçar a carreira de delegado.
Ele trocou um salário de R$ 4.000 [à época] por um de R$ 11 mil. "Saí porque não dava mais. Aquele salário não era condizente", disse.
Araguari é um exemplo do que vem ocorrendo a cada 14 dias em São Paulo, em média, nos últimos cinco anos, segundo dados da polícia e da associação de delegados. Nos últimos cinco anos, o Estado perdeu 126 delegados.
O principal motivo da saída, segundo os representantes de classe, é o baixo salário. O destino são outras carreiras -como promotores e juízes-, ou a mesma, mas em Estados que pagam mais.
O Estado tem 3.196 delegados com salário inicial de R$ 5.495 e teto de R$ 10.148,78.
Dos 180 delegados efetivados no último concurso, em 2009, 34 (19%) já deixaram o cargo, segundo a associação.

DEBANDADA
Para os policiais, essa debandada nunca foi tão grande. "O governo acha que abrindo um concurso para contratar 140 delegados [a inscrição foi aberta neste mês] resolve a questão. Esses novos contratados vão entrar, ficar por um tempo e depois vão embora", disse a presidente da associação dos delegados, Marilda Pinheiro.
"Só fica quem não tem mais idade para prestar concurso, já deu seu sangue e não tem alternativa", disse.
A Delegacia Geral diz que vai tentar evitar esse êxodo tornando a carreira mais atrativa, ao mesmo tempo em que criará mais dificuldade para o ingresso na polícia.
"Para ser policial, vai ter que estar dentro de requisitos. Não apenas arrumar um emprego. Várias pessoas acham que entrar na polícia é arrumar um emprego temporário", diz o delegado-geral, Marcos Carneiro Lima.
Para o desembargador aposentado Aloísio de Toledo César, 70, a polícia paulista deveria adotar o modelo da Polícia Federal. "Antes, a PF era uma porcaria. Depois, equipararam os policiais a juízes e hoje a PF tem uma atuação exemplar", disse.
Para o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), o paulista Carlos Eduardo Benito Jorge, a situação é séria. "Essa debandada se agravou nos últimos quatro, cinco anos. É gravíssimo que num ano mais de 30 delegados deixem a profissão", disse.
A Secretaria da Segurança Pública não comentou o assunto. A pasta disse que seu o orçamento para 2011 é de "R$ 11,9 bilhões, sendo, R$ 9,9 bilhões para salários

LULA DIZ QUE NÃO QUIS ATRAPALHAR
Em quarentena e sem dar entrevistas desde que deixou o governo, em janeiro, o ex-presidente Lula abriu uma exceção e conversou com a coluna anteontem, na festa em que foi homenageado pela comunidade árabe como "o líder da união entre os povos". Justificou sua recusa ao convite para o almoço que a presidente Dilma Rousseff (PT) ofereceu a Barack Obama. E criticou a segurança americana, que revistou ministros do governo que participaram de um evento com o presidente dos EUA.
 

Folha - Por que o senhor recusou o convite da presidente Dilma Rousseff?
Lul
a - Veja, eu saí do governo há dois meses só.

Mas era apenas um almoço.
Todos os outros ex-presidentes brasileiros foram.
Todos os outros ex-presidentes foram porque eles saíram do governo faz tempo. É diferente. Então eu acho que a visita do Obama ao Brasil... não pelo que ele anunciou porque... [bate as mãos uma na outra para mostrar que Obama, em sua opinião, não assinou nada de extraordinário na visita que fez ao país]. Mas pela visita, pelo simbolismo da visita dele ao Brasil, à Dilma, era um momento muito importante para ela, eu não deveria, eu poderia atrapalhar.

Não foi então uma tomada de posição?
Não. Veja, eu fui presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. E depois que eu saí, os presidentes que me sucederam podem testemunhar -nem todos estão aqui, mas o Vicentinho [o deputado Vicente Paulo da Silva, que estava na homenagem a Lula] está aí, você pode falar com ele -eu participava do movimento, mas eu não aparecia em assembleias, eu achava que tinha que me retirar.

O senhor sempre disse que ministro seu que tirasse os sapatos em aeroporto dos EUA para ser revistado, como fez um chanceler do governo FHC, deixaria de ser ministro. E agora nós vimos ministros do governo Dilma sendo revistados pela segurança em território brasileiro.
A segurança americana exagerou.

Mas o senhor os demitiria?
Eu acho que foi um exagero, um exagero.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2303201108.htm

Ato de filiação de Amary será para 500 pessoas

Notícia publicada na edição de 23/03/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 009 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Mulher de Lobão vai presidir o PSD no Maranhão

A família do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai reforçar o PSD, o novo partido que está sendo criado por iniciativa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Quem vai presidir a legenda no Maranhão será a deputada Nice Lobão (DEM), que é esposa do ministro.

Além dela, o PSD vai ganhar um reforço de cinco deputados estaduais do DEM. Quem anuncia é o senador Lobão Filho, para quem "o DEM foi destruído". "A missão do senador José Agripino (novo presidente do DEM) é missão impossível, de segurar os cacos líquidos do partido", disse. (AE)

Marina cria grupo para ‘democratizar’ PV, mas não descarta criar nova sigla

Terceira colocada na eleição presidencial, ex-senadora está sem espaço na legenda e encabeça dissidência que, a partir desta quinta, percorrerá o País pregando renovação; se ação fracassar, ela já cogita fundar um partido

Roldão Arruda, de O Estado de S. Paulo
Dois dias após o prefeito Gilberto Kassab ter anunciado a criação de seu PSD, um expressivo grupo de parlamentares e líderes do PV, entre eles a ex-senadora Marina Silva, decidiu por na rua um movimento destinado a mobilizar as bases verdes para cobrar a democratização do partido. Eles querem a realização de uma convenção nacional, no prazo de seis meses, e a convocação de eleições diretas para a escolha de novos diretores. A médio prazo, se a ação não funcionar, o grupo não descarta a hipótese de o movimento, denominado Transição Democrática, desaguar no surgumento de um novo partido.
O primeiro ato político do grupo está programado para quinta-feira, 24. Líderes de diferentes regiões do País devem se reunir em São Paulo para o lançamento de um manifesto com as teses do movimento. Segundo um dos organizadores, o presidente do diretório paulista, Maurício Brusadin, na terça-feira, 22, já estava confirmada a presença de sete deputados federais - o equivalente a metade da bancada verde.
Marina Silva, terceira colocada na eleição presidencial do ano passado com quase 20 milhões de votos, é aguarda, mas até o início da noite desta terça seus assessores diziam que ela ainda estava com problemas de agenda. A ex-senadora terá um papel importante na segunda missão da Transição Democrática, que é a organização de debates políticos com militantes verdes e simpatizantes por todo o País.
A principal meta é a renovação do partido. Quando Marina Silva se desligou do PT e desembarcou com seu grupo no PV, em 2010, ficou combinado que seriam realizadas no primeiro semestre deste ano a convenção nacional e a eleição interna, precedidas de debates sobre democracia. Isso valeu até quinta-feira da semana passada, quando a direção nacional se reuniu na sede do partido, na região do Lago Sul, em Brasília.

Acatando proposição do deputado Zequinha Sarney (MA), a maioria dos participantes daquele encontro votou pelo adiamento da convenção até 2012. Com isso, o atual presidente, o também deputado José Luiz Penna (SP), ganhou mais um ano de mandato - o 13.º.
Como ninguém acredita que se promovam convenções e eleições partidárias no ano que vem, por causa das eleições municipais, é provável que Penna atravesse o 14.º aniversário no poder. Seus críticos já o chamam jocosamente, nos bastidores, de ‘Penna Mubarak’, em referência ao ex-ditador do Egito.
O adiamento irritou Marina Silva. Ela tem dito que os 19,6 milhões de votos dados em 2010 à sua candidatura, identificada com a questão da sustentabilidade, devem ser vistos como um legado político, tanto no plano nacional, no sentido da valorização da temática, quanto no plano interno, provocando a democratização na estrutura do PV.
No mesmo diapasão, a deputada fluminense Aspasia Camargo (RJ), que confirmou presença no encontro de amanhã, diz que seu partido vive um momento crítico, no qual deve fazer a transição democrática e incorporar "o legado da campanha".
O adiamento também deu origem a uma crise que expõe as fissuras internas do PV e a resistência de alguns setores à presença de Marina no partido. Para esses grupos, mais próximos do presidente Penna, considerado um dirigente pragmático, a candidatura de Marina não trouxe tantos benefícios ao PV como se imaginava. Citam o fato de a bancada federal continuar com as mesmas 14 cadeiras que tinha antes.
"Quem diz isso não vê como a base do partido foi ampliada na eleição passada", observou Brusadin. "O que há por trás desses comentários é o medo de que a renovação dos quadros leve o PV a um papel de protagonista, em vez de se resignar ao papel de coadjuvante, servindo aos partidos maiores."
Na própria Transição Democrática existem diferenças. Enquanto o deputado Alfredo Sirkis (RJ), do núcleo de assessores mais próximos de Marina, eleva o tom e fala abertamente na possibilidade de novo partido, o amigo e ex-deputado Fernando Gabeira baixa o volume. Ele acredita que o debate produzirá um acordo interno. Essa também é a opinião do ex-candidato a governador de São Paulo em 2010 pelo PV, Fábio Feldman.

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