Excesso de partidos dificulta a governabilidade, afirma Alckmin


DO RIO
Um dia após endossar a fusão do PSDB com o DEM e o PPS, e ver a sigla tucana sofrer desidratação com a criação do PSD, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a diminuição do número de partidos.
Ele afirmou que o excesso de legendas "dificulta a governabilidade". Questionado se a crítica era direcionada à criação da nova sigla do ex-aliado Gilberto Kassab, o governador disse se tratar de uma afirmação "genérica".
Alckmin diz que considera positiva fusão entre PSDB, DEM e PPS
"Quando se tem mais de 30 partidos, não se tem mais de 30 ideologias. [...] Não tem democracia com 40 partidos, com essa fragmentação partidária", disse ele, durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial.
Ele disse não ser contrário à criação de partidos. Mas afirmou que o fim da coligação proporcional --feita para eleição de deputados e vereadores-- eliminaria siglas com poucos votos.
"Quem quiser pode fazer partido, mas tem que proibir coligação proporcional. Tem que ter votos suficientes para eleger seus representantes. Só proibindo a coligação daríamos uma enorme contribuição para melhorar a política brasileira", afirmou.
Segundo ele, o excesso de siglas dificulta a governabilidade, porque "começa a ter partidos que você não consegue identificar seu caráter programático, ideológico". Ele citou o que considera o excesso de partidos na Assembleia de São Paulo.
"Fui deputado quando [Franco] Montoro foi governador. Eram 84 cadeiras na Assembleia, e o PMDB, o nosso partido da época, elegeu 42 deputados. Montoro teve 36% dos votos. Na última eleição eu tive mais de 50% dos votos. Meu partido elegeu, de 94 cadeiras, 22 [deputados]. Tem 16 partidos na Assembleia. Partidos de um deputado, dois..." (CIRILO JUNIOR, ITALO NOGUEIRA E RODRIGO RÖTZSCH)

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