Cidade registrou 50 casos no ano passado, mas realidade é pior
Carla de CamposAgência BOM DIA
Em 2010, Sorocaba registrou 50 casos de violência sexual contra crianças. Mas esse número está bem longe da realidade.
Segundo estudos da Comissão Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual, esse dado representa cerca de 10% do número dos casos que acontecem em toda a cidade. “Houve um crescimento no número de denúncias, mas ainda é preciso mais ação”, aponta o presidente da comissão, Eugênio Rocha.
O coordenador da ONG Pacin (Projeto de Apoio à Cidadania e à Infância), Rogério Bizarro, que também integra a rede de enfrentamento da violência, resume a situação alarmante: a cada 2 dias, 1 criança ganha a condição de vítima. “Cerca de 50% dos registros são referentes a menores de 12 anos. Se ampliarmos a faixa etária até 18 anos, temos 81%”, completa.
O CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba) é referência para o atendimento de vítimas desta modalidade de violência, recebendo casos de 48 cidades da região. Os dados, fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde, são consolidados e não extratificam as cidades.
Mesmo assim revelam uma situação preocupante: em 8 anos, de 2002 a 2010, o número de casos aumentou 23,72%.
Silêncio /São muitos os motivos que impedem que os números reais da violência contra crianças venham à tona. Um deles está diretamente ligado à desestruturação econômica familiar, pois atinge justamente a figura do provedor, pai ou padrastro. Eugênio lembra que há situações em que a mãe é conivente por medo do desamparo, caso haja a prisão do abusador.
“As questões sociais são um grande inibidor” , diz. “Por outro lado, o número de denúncias também tem crescido porque as pessoas estão cada vez mais conscientes e as informações são mais acessíveis”, completa.
O coordenador do Pacin reforça que é comum a ocorrência do crime dentro do ambiente doméstico, quando existe entre a vítima e o criminoso uma situação desigual de poder. Neste caso, quebra-se a relação de confiança e consanguinidade e se instala a opressão.
Como a ameaça física ou emocional é condição para que a violência se instale, o medo costuma travar qualquer reação por parte da vítima.
“Também há situações onde as pessoas não querem se envolver. Nesse aspecto, acho que falta maior participação, por exemplo, das escolas em Sorocaba”, critica.
Em 2010, Sorocaba registrou 50 casos de violência sexual contra crianças. Mas esse número está bem longe da realidade.
Segundo estudos da Comissão Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual, esse dado representa cerca de 10% do número dos casos que acontecem em toda a cidade. “Houve um crescimento no número de denúncias, mas ainda é preciso mais ação”, aponta o presidente da comissão, Eugênio Rocha.
O coordenador da ONG Pacin (Projeto de Apoio à Cidadania e à Infância), Rogério Bizarro, que também integra a rede de enfrentamento da violência, resume a situação alarmante: a cada 2 dias, 1 criança ganha a condição de vítima. “Cerca de 50% dos registros são referentes a menores de 12 anos. Se ampliarmos a faixa etária até 18 anos, temos 81%”, completa.
O CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba) é referência para o atendimento de vítimas desta modalidade de violência, recebendo casos de 48 cidades da região. Os dados, fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde, são consolidados e não extratificam as cidades.
Mesmo assim revelam uma situação preocupante: em 8 anos, de 2002 a 2010, o número de casos aumentou 23,72%.
Silêncio /São muitos os motivos que impedem que os números reais da violência contra crianças venham à tona. Um deles está diretamente ligado à desestruturação econômica familiar, pois atinge justamente a figura do provedor, pai ou padrastro. Eugênio lembra que há situações em que a mãe é conivente por medo do desamparo, caso haja a prisão do abusador.
“As questões sociais são um grande inibidor” , diz. “Por outro lado, o número de denúncias também tem crescido porque as pessoas estão cada vez mais conscientes e as informações são mais acessíveis”, completa.
O coordenador do Pacin reforça que é comum a ocorrência do crime dentro do ambiente doméstico, quando existe entre a vítima e o criminoso uma situação desigual de poder. Neste caso, quebra-se a relação de confiança e consanguinidade e se instala a opressão.
Como a ameaça física ou emocional é condição para que a violência se instale, o medo costuma travar qualquer reação por parte da vítima.
“Também há situações onde as pessoas não querem se envolver. Nesse aspecto, acho que falta maior participação, por exemplo, das escolas em Sorocaba”, critica.
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