População carcerária apresenta maiores índices de sintomas depressivos



Adital
O Brasil é o quarto país com a maior população carcerária do mundo, e a porcentagem de presos do sexo feminino está aumentando. De acordo com dados do artigo "Características, sintomas depressivos e fatores associados em mulheres encarceradas no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”, até 2012, as mulheres representarão 7,65% do total de presos, enquanto que, em 2010, eram apenas 6,12%.
O enfoque nas mulheres, segundo as autoras do artigo, se justifica pelos maiores índices de doenças mentais entre presas do sexo feminino do que entre homens. Isso está relacionado com o fato de que a maioria destas mulheres sofreu violência e abusos sexuais anteriores à prisão
No estudo, de autoria de Daniela Canazaro e Irani Iracema Argimon, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), buscou-se registrar o perfil da mulher encarcerada. Para tanto, as autoras realizaram entrevistas e ministraram questionários sociodemográficos e de avaliação de sintomas depressivos em 287 presas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier (Porto Alegre). As presas caracterizam-se por "ser solteira, jovem, ter no mínimo dois filhos, ter exercido atividades informais e geralmente de baixo status social e/ou econômico e possuir até o Ensino Fundamental incompleto”.

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