Usuários reclamam de motoristas que desconhecem itinerário
Notícia
publicada na edição de 19/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página
11 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado
diariamente após as 12h.
André Moraes
andre.moraes@jcruzeiro.com.br
Os motoristas de ônibus de Sorocaba que dirigem sem saber o caminho da linha em que está atuando causando indignação nos usuários. A dona de casa Caroline Damaceno de Oliveira Fonseca, 30 anos, é uma dos reclamantes e conta que já passou por essa situação em três diferentes ocasiões, entre este ano e o ano passado. A Urbes - Trânsito e Transportes alega que nunca teve reclamações sobre esse tipo de acontecimentos, porém irá investigar, tratando como situações pontuais.
A dona de casa revela que utiliza o transporte coletivo todos os dias, pois mora na Vila Barão e faz um curso técnico na Escola Técnica Estadual Fernando Prestes, localizada no Mangal. Ela diz que costuma esperar pelo ônibus em frente à Igreja Nossa Senhora Auxiliadora (Salesiano) e um dia o veículo chegou atrasado no local. "Eu achei normal, mas depois vi que uma passageira estava orientando o motorista, pois ele não sabia o itinerário", afirma.
Segundo Fonseca, essa não seria a primeira vez que havia passado por essa situação. No ano passado, a dona de casa narra que tinha uma consulta marcada no Hospital Oftalmológico e para isso pegou um ônibus da linha do Jardim Sandra, no Terminal São Paulo. O motorista saiu em direção ao bairro, porém não conhecia o caminho que deveria fazer para chegar até lá. "Eu como nunca pego esse ônibus, não tinha como ajudar", ressalta, dizendo ainda que uma mulher passou a guiar o condutor do veículo. "Mas ela desceu em um ponto da avenida Pereira Inácio, então o motorista ficou perdido no Jardim Emília. Eu quase perdi minha consulta nesse dia". Ela ainda relata que nenhum outro passageiro conhecia o caminho, então o motorista passou a perguntar para pessoas que passavam pela rua qual seria o trajeto que deveria fazer.
Já o outro caso em que Fonseca vivenciou esse problema foi na linha do bairro Trujillo. Nessa ocasião o condutor do ônibus ficou perdido pelo bairro, sem saber por onde deveria passar. "A gente paga a passagem - que já é cara - e ainda tem que fazer o trabalho que deveria ser realizado por fiscais", reclama a dona de casa.
O mesmo aconteceu com o estudante Rodrigo Gomes, 21, quando participou da Romaria de Aparecidinha, em julho do ano passado. Ele revela que foi à pé da Catedral até o bairro onde se encontra o Santuário e estava cansado, querendo chegar logo em sua casa. Mas na hora de voltar de ônibus, o problema começou a acontecer. "Estava com calor e cansado e ainda o motorista não sabia o caminho para chegar até o Terminal Santo Antônio", enfatiza. Gomes conta que o condutor do veículo estava sempre perguntando para os usuários por quais ruas ele teria que passar para chegar até o Terminal.
Urbes irá fiscalizar
Segundo a Urbes, o profissional contratado para exercer o cargo de motorista passa por uma capacitação, primeiramente interna e teórica, tendo que fazer diferentes cursos antes de sair à ruas. Os cursos fornecidos são sobre Normas e Regulamentos Internos, Regulamento do Sistema de Transporte Coletivo, Atendimento ao Cliente, Direção Defensiva, Condução Econômica, Meio Ambiente e Sistema de Gestão de Qualidade. Após terminada essa etapa, o futuro motorista passa por um período de experiência prática, onde acompanha outros profissionais para conhecer e adequar-se aos itinerários e horários. Só então que é efetivado na função, caso tenha uma avaliação positiva, de acordo com a Urbes.
A autarquia afirma que, apesar do treinamento oferecido aos profissionais, não impede que ocorram situações eventuais, e defende a capacitação dos motoristas dizendo que isso não reflete a sua realidade em geral. Porém, a Urbes afirma que irá tratar estas questões pontualmente, notificando a operadora e autuando, caso sejam comprovadas.
Problemas com fiscais
Além do problema com os motoristas, a falta de fiscais ou agentes da Urbes junto aos motoristas nos ônibus foi motivo de críticas feitas por Fonseca. Ela diz que muitas vezes já viu agentes, fiscais e orientadores nos terminais, jogando baralho e conversando em horário de trabalho. "Eles ficam lá sem fazer nada, enquanto os motoristas saem nas ruas sem saber o itinerário", revela. A Urbes se compromete a apurar os fatos e tomar as medidas reparadoras que couberem, caso a reclamação seja comprovada.
andre.moraes@jcruzeiro.com.br
Os motoristas de ônibus de Sorocaba que dirigem sem saber o caminho da linha em que está atuando causando indignação nos usuários. A dona de casa Caroline Damaceno de Oliveira Fonseca, 30 anos, é uma dos reclamantes e conta que já passou por essa situação em três diferentes ocasiões, entre este ano e o ano passado. A Urbes - Trânsito e Transportes alega que nunca teve reclamações sobre esse tipo de acontecimentos, porém irá investigar, tratando como situações pontuais.
A dona de casa revela que utiliza o transporte coletivo todos os dias, pois mora na Vila Barão e faz um curso técnico na Escola Técnica Estadual Fernando Prestes, localizada no Mangal. Ela diz que costuma esperar pelo ônibus em frente à Igreja Nossa Senhora Auxiliadora (Salesiano) e um dia o veículo chegou atrasado no local. "Eu achei normal, mas depois vi que uma passageira estava orientando o motorista, pois ele não sabia o itinerário", afirma.
Segundo Fonseca, essa não seria a primeira vez que havia passado por essa situação. No ano passado, a dona de casa narra que tinha uma consulta marcada no Hospital Oftalmológico e para isso pegou um ônibus da linha do Jardim Sandra, no Terminal São Paulo. O motorista saiu em direção ao bairro, porém não conhecia o caminho que deveria fazer para chegar até lá. "Eu como nunca pego esse ônibus, não tinha como ajudar", ressalta, dizendo ainda que uma mulher passou a guiar o condutor do veículo. "Mas ela desceu em um ponto da avenida Pereira Inácio, então o motorista ficou perdido no Jardim Emília. Eu quase perdi minha consulta nesse dia". Ela ainda relata que nenhum outro passageiro conhecia o caminho, então o motorista passou a perguntar para pessoas que passavam pela rua qual seria o trajeto que deveria fazer.
Já o outro caso em que Fonseca vivenciou esse problema foi na linha do bairro Trujillo. Nessa ocasião o condutor do ônibus ficou perdido pelo bairro, sem saber por onde deveria passar. "A gente paga a passagem - que já é cara - e ainda tem que fazer o trabalho que deveria ser realizado por fiscais", reclama a dona de casa.
O mesmo aconteceu com o estudante Rodrigo Gomes, 21, quando participou da Romaria de Aparecidinha, em julho do ano passado. Ele revela que foi à pé da Catedral até o bairro onde se encontra o Santuário e estava cansado, querendo chegar logo em sua casa. Mas na hora de voltar de ônibus, o problema começou a acontecer. "Estava com calor e cansado e ainda o motorista não sabia o caminho para chegar até o Terminal Santo Antônio", enfatiza. Gomes conta que o condutor do veículo estava sempre perguntando para os usuários por quais ruas ele teria que passar para chegar até o Terminal.
Urbes irá fiscalizar
Segundo a Urbes, o profissional contratado para exercer o cargo de motorista passa por uma capacitação, primeiramente interna e teórica, tendo que fazer diferentes cursos antes de sair à ruas. Os cursos fornecidos são sobre Normas e Regulamentos Internos, Regulamento do Sistema de Transporte Coletivo, Atendimento ao Cliente, Direção Defensiva, Condução Econômica, Meio Ambiente e Sistema de Gestão de Qualidade. Após terminada essa etapa, o futuro motorista passa por um período de experiência prática, onde acompanha outros profissionais para conhecer e adequar-se aos itinerários e horários. Só então que é efetivado na função, caso tenha uma avaliação positiva, de acordo com a Urbes.
A autarquia afirma que, apesar do treinamento oferecido aos profissionais, não impede que ocorram situações eventuais, e defende a capacitação dos motoristas dizendo que isso não reflete a sua realidade em geral. Porém, a Urbes afirma que irá tratar estas questões pontualmente, notificando a operadora e autuando, caso sejam comprovadas.
Problemas com fiscais
Além do problema com os motoristas, a falta de fiscais ou agentes da Urbes junto aos motoristas nos ônibus foi motivo de críticas feitas por Fonseca. Ela diz que muitas vezes já viu agentes, fiscais e orientadores nos terminais, jogando baralho e conversando em horário de trabalho. "Eles ficam lá sem fazer nada, enquanto os motoristas saem nas ruas sem saber o itinerário", revela. A Urbes se compromete a apurar os fatos e tomar as medidas reparadoras que couberem, caso a reclamação seja comprovada.
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