Pouca gente ficou indiferente ao ouvir o prefeito Gilberto Kassab dar nota dez ao próprio governo. “É dez pelo esforço e pela vontade de acertar”, afirmou, em sabatina na capital. As risadas não abalaram o prefeito – que fez que não ouviu e continuou elogiando seu secretariado e o próprio esforço.
Além da nota 10 em causa própria, Kassab também confessou no evento, realizado pelo site UOL e o jornal Folha de S. Paulo, que não acredita que o ex-prefeito, ex-governador e candidato derrotado à Presidência José Serra (PSDB) será candidato a prefeito . “Eu não acredito. Mas se ele sair, eu apoio”, disse.
Kassab teve que responder a várias questões sobre a criação do PSD – principalmente sobre denúncias na coleta de assinaturas. A mais grave diz respeito a assinatura de pessoas mortas na lista de apoio ao partido. “São imperfeições do processo. Ninguém pode imaginar que alguém possa fazer uma coisa dessas”, falou. O prefeito diz que já são mais de 100 mil assinaturas certificadas (checadas) e que a marca de 500 mil deve ser alcançada sem nenhum problema.
Ainda sobre o PSD, Kassab deixou claro que as portas da sigla estão abertas para quem acreditar em seu programa partidário (que ainda não existe). Ele não vê problema em filiar, por exemplo, Paulo Maluf ou subir no palanque da presidente Dilma nas próximas eleições presidenciais (Kassab só acha difícil uma união com o PT da capital – com o PT do resto do País, ele considera possível).
O prefeito negou ter invadido o escritório do secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Garcia (DEM), ao berros. “Foi visita cortês de amigo”. Por falar em amizade, Kassab minimizou problemas com Geraldo Alckmin, mas deixou claro que o governador faz oposição à criação do PSD. “A prova disso foi a demissão do seu vice, Afif Domingos (da pasta de Desenvolvimento Econômico).
Gilberto Amendola
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