PS recusa paciente e Samu registra queixa




Logo que assumiram o serviço na manhã de ontem, duas médicas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registraram boletim de ocorrência (nº 6.890/2011), no Plantão Policial da Zona Sul, depois de serem informadas de que não haveria leitos nem respiradores no Pronto-Socorro do Município de Sorocaba (PSMS), administrado pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba. Renata Verlangieri e Irma Cláudia Saboya Ribeiro registraram a ocorrência de preservação de direitos contra a Santa Casa, já que tiveram de levar dois pacientes para o Hospital Regional.
 
José Antônio Fasiaben, provedor da Santa Casa, disse que infelizmente não tem condições de colocar mais pacientes no hospital, pois, desde 1999, quando houve a assinatura do convênio da Prefeitura de Sorocaba com a Santa Casa para o funcionamento do PSMS, o prédio em que funciona a unidade jamais recebeu um metro quadrado de ampliação por parte da administração pública, responsável pelo funcionamento.

Em 1º de junho, a Santa Casa divulgou nota informando as razões pelas quais teve de cancelar o convênio com a prefeitura e, desde aquela data, já são contados os 90 dias de funcionamento antes do encerramento definitivo das atividades do PSMS. Fasiaben lembra que em 1999 havia cerca de 300 mil habitantes e que a unidade fora estruturada para atender a 7 mil pacientes no mês. Contudo, a cidade cresceu e conta, atualmente, com aproximadamente 600 mil habitantes, elevando o número de atendimento para 13 mil. 

"Gostaríamos de atender, mas não temos onde colocar mais pessoas; simplesmente, não há espaço físico." Segundo Fasiaben, o Samu tem possibilidade de atender a pacientes nas unidades pré-hospitalares da Zona Norte e Zona Oeste, enquanto aguarda liberação de vaga. As médicas, entretanto, afirmam que a obrigação de verificar vaga disponível em outros hospitais é da Santa Casa e não do Samu.

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