A Assembleia Legislativa decidiu afastar o diretor de comunicação da Casa, Antonio Rudnei Denardi, e nomeou uma comissão interna para apurar as suspeitas de fraude nos pagamentos à empresa responsável pelas gravações de boletins de TV sobre as atividades externas dos deputados.
O afastamento foi anunciado no plenário pelo presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB). As decisões ocorrem após o JT ter revelado ontem acusação feita pelo deputado Major Olímpio (PDT) de que o Legislativo pagou R$ 4,4 milhões por 2.350 inserções audiovisuais na TV Assembleia, embora parte dos parlamentares negue ter encomendado os serviços.
A Assembleia não informou quem fará parte da comissão nem quanto tempo durarão as investigações. A corregedora da Casa, Célia Leão (PSDB), disse não querer emitir juízo de valor e afirmou que o caso é “estranho”.
Segundo a presidência da Casa, o diretor de comunicação foi afastado com o objetivo de “colaborar na isenção dos levantamentos a serem feitos pela referida comissão, até o término dos trabalhos”.
Denardi assumiu o cargo em 2007 na gestão do ex-presidente Vaz de Lima (PSDB). Ele é ex-vice-presidente da Fundação Padre Anchieta e, segundo funcionários da Casa, teria sido indicado pelo ex-diretor da TV Assembleia Alberto Lucchetti.
O JT procurou Denardi ontem em seu gabinete, mas ele não foi localizado. A reportagem deixou recado com a secretária, mas não obteve retorno
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