Governador afirma que ‘período de disputa’ política está superado e cita ‘patriotismo e espírito conciliador’ de petista
Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo
Num encontro recheado de simbolismo político em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin trocaram elogios, evidenciando a aproximação entre os dois e despertando polêmica em setores do PSDB e do PT.
Alckmin e Dilma firmaram acordo de unificação dos programas de transferência de renda paulista e federal. Os beneficiados, cerca de 1 milhão de famílias, terão um mesmo cartão para sacar os recursos do Bolsa Família, do governo federal, e do Renda Cidadã, do Estado.
A ala do PSDB mais crítica ao governo federal, ligada ao ex-governador José Serra, não participou do encontro. O ex-candidato a presidente fora convidado, assim como o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) e o ex-governador Alberto Goldman. Nenhum deles compareceu. O prefeito Gilberto Kassab também não foi à reunião.
Os tucanos que não gostaram da aproximação de Alckmin com Dilma disseram que o governador mira a reeleição e, por isso, estaria em busca de recursos do governo federal. Em nome dessa estratégia, teria optado por um discurso pouco oposicionista, ignorando a discussão em torno da paternidade dos programas sociais - o PSDB diz que o Bolsa Família nasceu de iniciativas da era FHC, como o Bolsa Escola.
A avaliação também ressoou entre petistas, para quem o movimento de Dilma pode fortalecer ainda mais o PSDB no principal colégio eleitoral do País. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para o encontro, mas não compareceu - ele também fora chamado para a reunião com os governadores do Nordeste, no começo do mês, e não foi.
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