Luís Cláudio de Azevedo Silva falou ontem aos vereadores
Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
O Hospital Regional de Sorocaba está doente e essa opinião é do homem nomeado pelo Governo do Estado para verificar a real situação da unidade: o responsável pela intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, Luís Cláudio de Azevedo Silva. Em reunião com 14 vereadores na tarde de ontem ele reconheceu que faltam médicos, materiais para procedimentos, medicamentos e que há funcionários que chegam, passam o cartão de ponto e imediatamente saem para a rua. Assumiu que não há expectativa de muitas mudanças imediatas. "A gente está falando obviamente de uma instituição, de uma organização que está doente, que está precisando de apoio, precisando de ajuda e quando a gente fala instituição a gente fala de prédio, de tecnologia e de pessoas", declarou o interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva.
A falta de médicos, conforme verificou, provoca o atraso nas cirurgias. Declarou que parte do problema deverá ser resolvido nos próximos dias ou semanas com a contratação de profissionais aprovados em concursos já realizados, mas outros precisarão fazer concursos a serem lançados, o que levará tempo. Não informou qual é a carência de médicos e nem quantos estão aptos a serem contratados agora. "Muitas dessas questões são sintomáticas de uma instituição que está doente e precisa de medida corretiva, não adianta dar analgésico para quem está com câncer, a gente tem que atuar na base, mudar o modelo de gestão, ter controle efetivo, processo definido", respondeu Luís Azevedo ao ser questionado sobre um prazo para regularizar a situação. O coordenador do grupo de trabalho nomeado pela Secretaria de Estado de Saúde, popularmente conhecido como interventor, disse que pretende apresentar até na próxima semana um diagnóstico final com propostas de ações de médio e curto prazo para o Governo do Estado.
Quanto a solução para os funcionários que ele reconheceu deixarem de permanecer na unidade durante o período para o qual foram contratados, disse que isso exigirá investimentos em tecnologia, como leitores biométricos e câmeras, sem informar um prazo para acabar com a prática. Ressaltou que a responsabilidade cabe aos diretores de área, os superiores diretos que têm o dever de informar aos interventores para que tomem providências a respeito dessa situação. Citou que essa é uma prática de poucos, já que a maioria trabalha com seriedade. Quanto aos medicamentos, confirmou que faltam na farmácia do Hospital Regional, disse que essa é responsabilidade da Secretaria da Saúde, esfera acima da direção da unidade hospitalar.
Também revelou que dos 1.986 funcionários que constavam no sistema, na verdade o Conjunto Hospitalar tem 1.826, cem a menos. Explicou que vários haviam se desligado e permaneciam na listagem, outros tinham se aposentado ou sido afastados por motivo de saúde. A equipe do interventor deixou o local sem responder se estavam sendo geradas ordens de pagamentos de salários em nome desse ex-funcionários, mas segundo levantou a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde na sequência, não estavam havendo tais pagamentos.
Além do coordenador Luís Cláudio de Azevedo Silva, a equipe de intervenção é composta pelo coordenador hospitalar Fernando Cembranelli, pela enfermeira Maria Rita da Silva e pelo administrador hospitalar Taciano Varro. Eles disseram ontem que, ao mesmo tempo que apuram um diagnóstico administrativo e apresentam propostas de trabalho para a recuperação, também fazem medidas corretivas quando identificam alguma oportunidade que não exija consulta à esfera superior.
Entre as medidas que adotaram, citaram mais rigor nos horários de entrada e saída dos funcionários que agora precisam ser feitas eletronicamente e não mais no papel. Também enfatizaram que desde o dia 20 de junho, quando começaram a atuar em Sorocaba, houve melhoria no atendimento, já que o número de pacientes que permaneciam internados aguardando cirurgia reduziu de 60 para pouco mais de 20 na semana passada. O médico e interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva reconheceu que ainda é longe do ideal.
Entre os vários questionamentos dos vereadores a respeito de supostas ilegalidades praticadas pelos administradores anteriores do Hospital Regional, a equipe de intervenção declarou que não encontrou nenhum contrato que aparentasse irregularidade até o momento. "A orientação foi levantar a situação do Conjunto Hospitalar e não propriamente para uma visão investigativa. A ideia era olhar para frente", disse o interventor.
Ao invés de acontecer no plenário da Câmara Municipal, o encontro entre vereadores e equipe de intervenção ocorreu em uma sala de reunião a pedido da equipe do Estado que ainda tentou vetar a participação da imprensa, possibilidade que acabou descartada pela maioria dos vereadores presentes. A reunião foi liderada pelo presidente da Câmara, Mário Marte (PPS) com a participação dos vereadores Anselmo Neto (PP), Claudemir José Justi (PSDB), Coronel Rozendo (PV), Emílio Ruby (PMN), Francisco França (PT), Francisco Moko Yabiku (PSDB), Gervino Gonçalves (PR), Hélio Godoy (PTB), Izídio de Brito Correa (PT), José Caldini Crespo (DEM), José Francisco Martinez (PSDB), Neusa Maldonado (PSDB), Pastor Luis Santos (PMN).
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
O Hospital Regional de Sorocaba está doente e essa opinião é do homem nomeado pelo Governo do Estado para verificar a real situação da unidade: o responsável pela intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, Luís Cláudio de Azevedo Silva. Em reunião com 14 vereadores na tarde de ontem ele reconheceu que faltam médicos, materiais para procedimentos, medicamentos e que há funcionários que chegam, passam o cartão de ponto e imediatamente saem para a rua. Assumiu que não há expectativa de muitas mudanças imediatas. "A gente está falando obviamente de uma instituição, de uma organização que está doente, que está precisando de apoio, precisando de ajuda e quando a gente fala instituição a gente fala de prédio, de tecnologia e de pessoas", declarou o interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva.
A falta de médicos, conforme verificou, provoca o atraso nas cirurgias. Declarou que parte do problema deverá ser resolvido nos próximos dias ou semanas com a contratação de profissionais aprovados em concursos já realizados, mas outros precisarão fazer concursos a serem lançados, o que levará tempo. Não informou qual é a carência de médicos e nem quantos estão aptos a serem contratados agora. "Muitas dessas questões são sintomáticas de uma instituição que está doente e precisa de medida corretiva, não adianta dar analgésico para quem está com câncer, a gente tem que atuar na base, mudar o modelo de gestão, ter controle efetivo, processo definido", respondeu Luís Azevedo ao ser questionado sobre um prazo para regularizar a situação. O coordenador do grupo de trabalho nomeado pela Secretaria de Estado de Saúde, popularmente conhecido como interventor, disse que pretende apresentar até na próxima semana um diagnóstico final com propostas de ações de médio e curto prazo para o Governo do Estado.
Quanto a solução para os funcionários que ele reconheceu deixarem de permanecer na unidade durante o período para o qual foram contratados, disse que isso exigirá investimentos em tecnologia, como leitores biométricos e câmeras, sem informar um prazo para acabar com a prática. Ressaltou que a responsabilidade cabe aos diretores de área, os superiores diretos que têm o dever de informar aos interventores para que tomem providências a respeito dessa situação. Citou que essa é uma prática de poucos, já que a maioria trabalha com seriedade. Quanto aos medicamentos, confirmou que faltam na farmácia do Hospital Regional, disse que essa é responsabilidade da Secretaria da Saúde, esfera acima da direção da unidade hospitalar.
Também revelou que dos 1.986 funcionários que constavam no sistema, na verdade o Conjunto Hospitalar tem 1.826, cem a menos. Explicou que vários haviam se desligado e permaneciam na listagem, outros tinham se aposentado ou sido afastados por motivo de saúde. A equipe do interventor deixou o local sem responder se estavam sendo geradas ordens de pagamentos de salários em nome desse ex-funcionários, mas segundo levantou a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde na sequência, não estavam havendo tais pagamentos.
Além do coordenador Luís Cláudio de Azevedo Silva, a equipe de intervenção é composta pelo coordenador hospitalar Fernando Cembranelli, pela enfermeira Maria Rita da Silva e pelo administrador hospitalar Taciano Varro. Eles disseram ontem que, ao mesmo tempo que apuram um diagnóstico administrativo e apresentam propostas de trabalho para a recuperação, também fazem medidas corretivas quando identificam alguma oportunidade que não exija consulta à esfera superior.
Entre as medidas que adotaram, citaram mais rigor nos horários de entrada e saída dos funcionários que agora precisam ser feitas eletronicamente e não mais no papel. Também enfatizaram que desde o dia 20 de junho, quando começaram a atuar em Sorocaba, houve melhoria no atendimento, já que o número de pacientes que permaneciam internados aguardando cirurgia reduziu de 60 para pouco mais de 20 na semana passada. O médico e interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva reconheceu que ainda é longe do ideal.
Entre os vários questionamentos dos vereadores a respeito de supostas ilegalidades praticadas pelos administradores anteriores do Hospital Regional, a equipe de intervenção declarou que não encontrou nenhum contrato que aparentasse irregularidade até o momento. "A orientação foi levantar a situação do Conjunto Hospitalar e não propriamente para uma visão investigativa. A ideia era olhar para frente", disse o interventor.
Ao invés de acontecer no plenário da Câmara Municipal, o encontro entre vereadores e equipe de intervenção ocorreu em uma sala de reunião a pedido da equipe do Estado que ainda tentou vetar a participação da imprensa, possibilidade que acabou descartada pela maioria dos vereadores presentes. A reunião foi liderada pelo presidente da Câmara, Mário Marte (PPS) com a participação dos vereadores Anselmo Neto (PP), Claudemir José Justi (PSDB), Coronel Rozendo (PV), Emílio Ruby (PMN), Francisco França (PT), Francisco Moko Yabiku (PSDB), Gervino Gonçalves (PR), Hélio Godoy (PTB), Izídio de Brito Correa (PT), José Caldini Crespo (DEM), José Francisco Martinez (PSDB), Neusa Maldonado (PSDB), Pastor Luis Santos (PMN).
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