06/08/2011

Sem dinheiro, Santa Casa de Piedade corre o risco de fechar a maternidade


Unidade de Salto de Pirapora já está desativada pelo mesmo problema: baixo repasse de verba do governo e altos custos de manutenção

Da redação / TV Tem





O Tem Notícias tem mostrado a situação dos hospitais da região. Às vezes, faltam profissionais, outras vezes, equipamentos. Em dois municípios da região, o problema é a maternidade. Em Salto de Pirapora, as mães são obrigadas a ter os bebês em outras cidades, e em Piedade, a maternidade da Santa Casa também corre o risco de fechar por falta de verbas.

A Santa Casa de Piedade alega que não tem dinheiro pra manter a maternidade. Por mês, o hospital recebe R$ 16 mil do SUS para cobrir despesas, mas gasta R$ 94 mil. O serviço ainda funciona porque a prefeitura fez um adiantamento de R$ 120 mil. E um cartaz fixado na recepção avisa que outros serviços já foram cancelados. Até 2008, o governo federal mandava R$ 164 mil por mês à Santa Casa de Piedade, depois esse valor caiu para R$ 138 mil. O diretor de saúde da cidade, Francisco Vieira Filho, disse que está negociando com o governo estadual para aumentar este repasse, e ao mesmo tempo, também  analisa as contas do hospital.

Em Salto de Pirapora, diversos berços ficam amontoados e nenhum bebê nasce na maternidade há mais de um ano. A nova administradora da instituição assumiu o cargo há menos de uma semana com uma grande expectativa. Adriana de Jesus teve seu filho na maternidade há 16 anos e disse que gostaria de ver a maternidade funcionando novamente.

O diretor de saúde do município, Jairo Mendes Góes, disse que no momento é impossível reativar a maternidade. Ele espera que o governo do estado ajude a cidade enviando todo mês R$ 200 mil. Mas, pelo menos, por enquanto, o berçário vai continuar abandonado.

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