EUA tentam evitar que Autoridade Palestina obtenha 9 votos necessários para reconhecimento de seu Estado e obrigue Washington a vetar medida
NOVA YORK - Os palestinos ainda buscam o apoio de mais dois países para obter os nove votos necessários no Conselho de Segurança da ONU para a aprovação do reconhecimento de seu Estado como membro pleno da organização.
A meta é importante, pois a resolução precisa de 9 dos 15 votos do Conselho de Segurança para ser aprovada, o que obrigaria os EUA a usar seu poder de veto. Para evitar esse constrangimento, Washington trabalha nos bastidores para obter votos contrários ao pedido palestino ou o máximo de abstenções.
A Autoridade Palestina diz ter apoio de sete países, mas que os EUA estão pressionando os membros do Conselho de Segurança que ainda não definiram seu voto. Por isso, segundo Ramallah, é impossível garantir que todos manterão a palavra.
Entre os indecisos estão Gabão, Nigéria e Bósnia. Os dois países africanos tendem a votar com os palestinos. Os bósnios, apesar de parte da população ser muçulmana, só existem graças aos Acordos de Dayton, orquestrados pela diplomacia dos EUA. Negociadores israelenses admitem que o país tende a se abster.
Segundo o jornal israelense Haaretz, existe um “consenso tácito” entre as potências ocidentais para adiar ao máximo a votação da proposta palestina - tanto no Conselho de Segurança quanto na Assembleia-Geral.
Diplomatas da ONU afirmam que há meios de postergar o processo por “meses”, no Conselho de Segurança, e “semanas”, na Assembleia-Geral. Um exemplo seria a resolução com sanções contra a Síria, proposta pela França há mais de um mês, que ainda não foi votada. /AP
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