de são paulo
Os advogados da promotora Deborah Guerner, acusada de envolvimento no mensalão do DEM, pediram à Justiça a restituição de R$ 280 mil apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Caixa de Pandora.
O dinheiro estava dentro de um cofre enterrado no quintal de sua casa.
De acordo com o advogado Paulo Sérgio Leite Fernandes, o dinheiro tem origem lícita e foi comprovado no Imposto de Renda. Ele disse que pediu a liberação da quantia porque sua cliente não está mais conseguindo arcar com o tratamento psiquiátrico, uma vez que o salário dela foi suspenso em agosto.
"A Deborah tem tratamento psiquiátrico há seis anos, que não é coberto pelo plano de saúde. Foi internada várias vezes, inclusive no [Hospital] Sírio-Libanês, no mês passado, e não tinha dinheiro para pagar a conta", explicou o criminalista, que alega que sua cliente sofre de transtorno bipolar.
Ele também disse que o pedido de restituição não precisa aguardar a definição do processo, e que a relatora pode decidir a questão individualmente. O pedido foi protocolado no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região no final da semana passada.
A Operação Caixa de Pandora revelou um esquema de pagamento de propina que resultou no afastamento do então governador do DF, José Roberto Arruda.
Guerner e o promotor Leonardo Bandarra, que estão afastados do cargo, são réus sob a acusação do crime de extorsão, em que supostamente teriam pedido propina de R$ 2 milhões ao ex-governador. Em troca, não divulgariam o vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
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