Durante manifestação ontem em Sorocaba, sindicalistas mandaram recado
Giuliano Bonamim
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
Mais de 40 mil trabalhadores de Sorocaba e da região podem cruzar os braços a partir de segunda-feira e por tempo indeterminado. O Sindicato dos Metalúrgicos promete decretar uma greve geral na próxima semana caso as negociações salariais não avancem com os empresários do setor. A decisão será tomada em uma assembleia marcada para domingo, às 9h, na sede da entidade localizada na rua Julio Hanser, 140, no bairro Lageado. A categoria, que soma cerca de 44 mil trabalhadores na região, pede reajustes acima dos 10% já conseguidos pelas montadoras de automóveis. Até o momento, as entidades patronais chegam em 8,5%.
O recado de uma possível greve geral foi dado pelo presidente do sindicato, Ademilson Terto da Silva, durante uma manifestação ocorrida ontem de manhã em Sorocaba. O local escolhido foi uma área pública situada entre as avenidas engenheiro Carlos Reinaldo Mendes e Independência, próxima ao acesso à rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75). O ponto é estratégico, pois é uma passagem praticamente obrigatória da região central da cidade para a zona industrial.
O ato atraiu aproximadamente 5 mil trabalhadores de empresas da cidade, segundo o sindicato. Os ônibus fretados usados para transportar os funcionários das empresas começaram a ser parados às 5h, o que ajudou a causar uma lentidão no trânsito na região. A paralisação ocorrida ontem de parte dos metalúrgicos foi planejada e organizada. Tanto que os trabalhadores tiveram à disposição copos de água mineral e seis banheiros químicos, devidamente instalados ao lado do caminhão de som.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal acompanharam a manifestação, mas nenhum incidente foi registrado. O ato terminou às 9h e todos os trabalhadores retornaram aos ônibus fretados e seguiram rumo às empresas. O objetivo da manifestação foi pressionar as empresas a contatarem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para que a entidade patronal apresente propostas de reajuste salarial para a categoria. Segundo Silva, a data-base dos metalúrgicos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, que inclui a região de Sorocaba, venceu em 1º de setembro e até agora não há perspectiva de acordo coletivo.
O setor metalúrgico é dividido em sete setores classificados de acordo com as atividades desenvolvidas. Até agora, apenas o grupo das montadoras já têm um acordo fechado que foi 10% de reajuste e abono de R$ 2.500. O acordo é válido por dois anos e foi aprovado nas regiões do ABC, Taubaté e São Carlos no final de semana. No ABC, cerca 10 mil metalúrgicos participaram da votação que aconteceu no último dia 28. Sorocaba não conta com nenhuma montadora e, por isso, está fora deste cenário. A partir do início das atividades da Toyota, porém, o município entrará nessas negociações.
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
Mais de 40 mil trabalhadores de Sorocaba e da região podem cruzar os braços a partir de segunda-feira e por tempo indeterminado. O Sindicato dos Metalúrgicos promete decretar uma greve geral na próxima semana caso as negociações salariais não avancem com os empresários do setor. A decisão será tomada em uma assembleia marcada para domingo, às 9h, na sede da entidade localizada na rua Julio Hanser, 140, no bairro Lageado. A categoria, que soma cerca de 44 mil trabalhadores na região, pede reajustes acima dos 10% já conseguidos pelas montadoras de automóveis. Até o momento, as entidades patronais chegam em 8,5%.
O recado de uma possível greve geral foi dado pelo presidente do sindicato, Ademilson Terto da Silva, durante uma manifestação ocorrida ontem de manhã em Sorocaba. O local escolhido foi uma área pública situada entre as avenidas engenheiro Carlos Reinaldo Mendes e Independência, próxima ao acesso à rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75). O ponto é estratégico, pois é uma passagem praticamente obrigatória da região central da cidade para a zona industrial.
O ato atraiu aproximadamente 5 mil trabalhadores de empresas da cidade, segundo o sindicato. Os ônibus fretados usados para transportar os funcionários das empresas começaram a ser parados às 5h, o que ajudou a causar uma lentidão no trânsito na região. A paralisação ocorrida ontem de parte dos metalúrgicos foi planejada e organizada. Tanto que os trabalhadores tiveram à disposição copos de água mineral e seis banheiros químicos, devidamente instalados ao lado do caminhão de som.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal acompanharam a manifestação, mas nenhum incidente foi registrado. O ato terminou às 9h e todos os trabalhadores retornaram aos ônibus fretados e seguiram rumo às empresas. O objetivo da manifestação foi pressionar as empresas a contatarem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para que a entidade patronal apresente propostas de reajuste salarial para a categoria. Segundo Silva, a data-base dos metalúrgicos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, que inclui a região de Sorocaba, venceu em 1º de setembro e até agora não há perspectiva de acordo coletivo.
O setor metalúrgico é dividido em sete setores classificados de acordo com as atividades desenvolvidas. Até agora, apenas o grupo das montadoras já têm um acordo fechado que foi 10% de reajuste e abono de R$ 2.500. O acordo é válido por dois anos e foi aprovado nas regiões do ABC, Taubaté e São Carlos no final de semana. No ABC, cerca 10 mil metalúrgicos participaram da votação que aconteceu no último dia 28. Sorocaba não conta com nenhuma montadora e, por isso, está fora deste cenário. A partir do início das atividades da Toyota, porém, o município entrará nessas negociações.
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