04/10/2011

Ação educativa pode evitar contaminação por Salmonella


do jornal da estância
O planejamento de programas ou ações educativas para a população sobre as práticas na compra e preparo de ovos pode ser uma solução na diminuição dos surtos alimentares causados pela Salmonella. Desde 1999, dados do Ministério da Saúde apontam esta bactéria como a principal causadora de surtos de contaminação alimentar no Brasil, e os ovos contaminados ou alimentos preparados à base destes, crus ou mal cozidos, estão associados a esta ocorrência.
De acordo com um estudo de realizado pela nutricionista Daniele Leal, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, em Piracicaba, os consumidores, durante a compra, devem escolher o produto mais fresco, conforme data de validade, além de não comprar ovos quebrados, rachados ou sujos. Ela ressalta que os ovos in natura não podem ser consumidos crus ou mal cozidos.
“Depois de comprados, os ovos devem ser retirados da embalagem e colocados em uma embalagem de plástico com tampa e armazenados dentro da geladeira. Antes de usar, devem ser lavados com água corrente e, após a manipulação destes, as mãos e utensílios que tiveram contato com os ovos devem ser lavados com água e sabão. Vale lembrar também que o tempo de cozimento do ovo inteiro deve ser de sete minutos após inicio da fervura e, para outras preparações, as gemas e claras devem estar coaguladas”, explica a pesquisadora.
A nutricionista pesquisou o tema entre março e junho de 2009, na cidade de Sorocaba (SP), com o objetivo de avaliar as práticas adotadas pelo consumidor na compra e na utilização do ovo na alimentação.
O público estudado foi predominantemente do sexo feminino, de 31 a 49 anos, com ensino médio completo ou incompleto e com renda familiar de meio a dois salários mínimos. A média de consumo mensal de ovos relatada pelos entrevistados foi de 4,55 ovos por mês. Destes, 61,3% já relacionaram sintomas de doenças, como febre, diarreia, dor de estômago, náuseas, com algum alimento consumido, demonstrando identificar o risco de ingerir alimentos impróprios.
Os locais de compra mais citados foram os super e hipermercados, onde na maioria das vezes o alimento é mantido fora de refrigeração. O item mais observado relatado pela maioria na hora da compra foi a validade. A maioria também citou adotar a prática de não comprar ovos com sujeiras e descarte dos rachados ou quebrados, de armazená-los na porta da geladeira, de não limpá-los antes de utilizar e de lavar as mãos e recipientes com água e sabão após o contato com o ovo cru.

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