18/10/2011

Falta de médico em hospital municipal vira caso de polícia

Josmar Jozino
do Agora
O Hospital Municipal Doutor Waldomiro de Paula, em Itaquera (zona leste de São Paulo), não tinha, na noite de anteontem, elevadores funcionando nem médicos para atender pacientes.
Também não havia ambulâncias para remover dois homens baleados que, sem atendimento na unidade, esperavam a transferência para outros hospitais.
Parentes dos pacientes ficaram revoltados com a falta de atendimento médico e, em meio a um tumulto, ameaçaram quebrar as instalações do hospital.
Com medo de agressões, funcionários chamaram a Guarda Civil Metropolitana e a PM.
Eram 23h30 de anteontem. Enquanto quatro moradores de rua dormiam nos bancos de concreto do hospital, um carro oficial da Polícia Militar chegava com um homem baleado.
Resposta
A superintendente de Autarquia Hospitalar Municipal, Flávia Maria Porto Terzian, admitiu ontem que faltam médicos no hospital Waldomiro de Paula. Segundo ela, existe uma dificuldade para contratar profissionais.
"Mas isso ocorre no Brasil inteiro. No município de São Paulo, tínhamos 8.000 médicos e agora temos 13 mil. O deficit ainda é grande e, no hospital Waldomiro de Paula, tem dias na semana que a situação é crítica", diz.
Em relação aos quatro elevadores quebrados, Flávia Terzian disse que o prédio tem estrutura antiga e que a ideia é fazer um hospital novo.
"Isso está dentro da proposta da PPP (parceria público-privada). Entre as unidades que serão reformadas, o hospital Waldomiro de Paula é um deles", disse Flávia.
Sobre a falta de ambulâncias, ela disse que pelo menos uma fica de plantão no hospital.

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