Peixes morrem no rio Sorocaba e suspeita é de falta de oxigênio
Cruzeiro do Sul
A falta de oxigênio devido ao baixo nível da água pode ter causado a mortandade de peixes no rio Sorocaba, em Jumirim, próximo a Cerquilho. Várias espécies de peixes foram encontradas boiando ou à margem do rio, no final da semana passada. Uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) percorreu a margem, nas imediações da ocorrência, em busca de possíveis focos de contaminação. Também foram acionados técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para a coleta de amostras e avaliação do problema. O analista de educação ambiental da agência ambiental de Itu, Thiago Righi, afirma - no entanto -que o resultado das análises deve sair em até vinte dias.
O sargento da PMA de Tatuí, Márcio de Moraes, disse que a ocorrência foi registrada no sábado, por volta das 11h. A equipe da polícia que esteve no local percorreu vários pontos, na tentativa de identificar algum possível foco de contaminação ou de despejo de resíduos. "A bacia é muito grande", ressalta o sargento. Ele adiantou, porém, que nenhum foco foi localizado pelos policiais. "Nesse tipo de ocorrência a Polícia Ambiental fica bastante atrelada à análise", acrescenta. Thiago Righi, da agência ambiental, explica que no sábado técnicos estiveram no local e um engenheiro percorreu de barco o rio Sorocaba, no trecho onde foi registrada a mortandade de peixes.
Além da coleta de amostras de água, funcionários da Cetesb fizeram uma vistoria em toda a região, em busca de focos de contaminação, como lançamento de esgotos. Righi esclarece que o trecho onde ocorreu a morte de várias espécies de peixes fica próximo a condomínios de chácaras e um pesqueiro. O analista revela que na hora foi constatado que o nível de oxigênio estava abaixo do limite, que poderia ser um fator a levar à morte os peixes. Ele lembra que não foi identificada nenhuma outra contribuição de resíduo ou descarte no trecho. A equipe deve proceder outras análises para avaliar se existe outra causa.
Thiago Righi acrescenta que antes das chuvas, em período de estiagem, a oxigenação baixa e poluição impacta a bacia. O sargento Moraes, da PMA, revela que a influência do homem, desde a nascente até a foz, preocupa. Eventualmente, ao longo dos anos, há ocasiões com algumas mortandades. "Sem materialidade da culpa não existe punição." Moraes esclarece que no local é desenvolvido um trabalho preventivo devido à pesca predatória. "A fiscalização ajudou a reduzir bastante." Ele ainda comenta que as espécies características nesse trecho são compostas de mandis, curimbatás, cascudos, piabas, entre outros. (T.S.)
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