Ainda faltam remédios contra câncer no Hospital Heliópolis


Tatiana Santiago

do Agora
Mais um medicamento usado no combate ao câncer está em falta no Hospital Heliópolis (zona sul), administrado pelo governo estadual.
O aposentado Marcos Carvalho de Souza, 41 anos, teve de interromper o tratamento contra um linfoma, tumor que atinge os gânglios linfáticos, porque a unidade não tem o remédio mabthera há pelo menos um mês.
O hospital é referência no tratamento de câncer na zona sul da capital. Na semana passada, reportagem do Agora mostrou que medicamentos de combate ao câncer, todos via oral, estavam em falta na unidade --xeloda, temodal, erlotinibe, sunitinibe, lapatinibe e everolimus.
Ontem, funcionários do hospital afirmaram que esses remédios ainda não chegaram.
Souza conta que faz o tratamento no Hospital Heliópolis há um ano e oito meses, quando descobriu a doença. Na sexta-feira passada, não pôde fazer a sessão de quimioterapia. Já está nesta situação há pelo menos 30 dias.
"Me sinto lesado. É um absurdo prejudicar minha saúde por causa da incompetência das autoridades", reclama o aposentado. O mabthera é administrado com outros dois medicamentos.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde afirma que, por causa do aumento da demanda, ocorreu desabastecimento temporário do mabthera no Hospital Heliópolis. Porém, diz, já foi providenciada a compra do remédio, que deve ser entregue nesta semana.
Ainda segundo a pasta, nenhum paciente da unidade teve seu tratamento interrompido por falta dos remédios citados na reportagem.
A secretaria também diz que os demais medicamentos não estão em falta. No caso do everolimus, que é uma medicação importada, a pasta diz houve atraso do fornecedor. O hospital está cobrando a entrega de um novo lote.

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