A Tropa de Choque da PM foi chamada para conter o tumulto; desde outubro ambulantes são impedidos de vender produtos nas ruas do entorno da Feirinha da Madrugada
Pedro da Rocha, do estadão.com.br
SÃO PAULO - Cerca de 300 camelôs tentaram montar barracas no entorno da Feirinha da Madrugada, no Brás, região central de São Paulo, e entraram em confronto com a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), que usou balas de borracha para dispersar a multidão, no início da madrugada desta segunda-feira, 28. Pela manhã, a situação é de tranquilidade nas ruas, segundo o major da PM Wagner Rodrigues, que comanda a operação com cerca de 400 homens.
De acordo com a PM, os camelôs pararam um ônibus e obrigaram os passageiros a descerem. Em seguida atearam fogo no coletivo, atingindo também dois carros, na Rua Barão de Ladário. Uma loja de roupas também foi incendiada, na Rua Maria Marcolina com a Rua Conselheiro Belisário, mas o major disse que o fato foi provocado quando a manifestação não mais acontecia, por vândalos que se aproveitaram da situação. Cinco viaturas do Corpo de Bombeiros extinguiram o fogo.
Segundo Rodrigues, os camelôs chegaram a atirar paus e pedras contra os policiais. A PM deteve cinco pessoas, duas suspeitas de atearem fogo no coletivo, duas por soltarem rojões apontados para os policiais e uma por desacato e lesão corporal.
Desde o final de outubro deste ano, a PM reforçou o efetivo no Brás para impedir o trabalho dos camelôs nas ruas da região, acarretando conflitos entre as partes e protestos com interdição de algumas vias e intimidação contra comerciantes com permissão para trabalhar.
O bolsão criado pela Prefeitura, localizado na Rua Monsenhor de Andrade, não comporta mais barracas e só quem tem vaga neste pátio possui autorização para trabalhar na região.
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