Placa da obra
Funcionários da prefeitura conversam com a comissão de vereadores
Funcionários da construtora Vértice denunciaram as péssimas condições
em que estão alojados na obra de reforma e ampliação da Emef Tetsuo Chinone, no
bairro Paisagem Colonial, em São Roque.
Estivemos no local nesta manhã de 2ª. feira, e ouvimos alguns
funcionários sobre as condições em que estão vivendo nos alojamentos
improvisados na própria escola, mas a denúncia não para por aí.
Nossa reportagem conversou com Roberto Luiz de Santana, 26
anos recrutado na Bahia para vir trabalhar na obra.
Alojamento
Banheiro distante 30 metros do alojamento
Segundo ele: “A Construtora Vértice pagou a passagem para
vinda de sete trabalhadores daquele estado para trabalhar na construção. Foi prometido aos pedreiros o piso
salarial da categoria, que é de R$ 1.086,00, mais uma complementação salarial
que seria paga por fora do registro em carteira. Sendo que o salário total
seria de aproximadamente R$ 2.000,00. Já para os ajudantes fora prometido o
piso salarial da categoria, que é de R$ 908,00, mais um complementação que
comporia um salário de R$ 1.200,00. Ainda segundo este mesmo funcionário a
empresa oferecia além do salário, horas extras e moradia em casas que seriam
alugadas pela construtora para abrigar os funcionários. Chegando aqui ficaram sabendo que seriam
contratados de uma empresa terceirizada, cujo responsável seria uma pessoa de
nome Ildo. Alega também que desde que
chegaram na obra no dia 01/11, ainda não tiveram suas carteiras de trabalho
registradas e consequentemente, não receberam seus salários, já que segundo o
funcionário a promessa era de pagamento quinzenal. Relatou também a nossa reportagem que na
última semana o funcionário de nome Ricardo de Lima, adoeceu e teve que voltar
para Bahia com recursos da sua própria família”.
Enquanto nossa reportagem estava no local, chegou uma comissão de vereadores da Câmara Municipal de São Roque, composta por Tio Milton, Etelvino
Nogueira, Rodrigo Nunes e João Paulo de Oliveira. Após a chegada desta comissão pudemos
constatar as precárias condições que os funcionários são alojados. Para se ter uma idéia, onde funciona a
cozinha existe um banheiro dentro, os outros banheiros existentes são de
madeirite, e estão distantes do local de pernoite dos empregados. O alojamento do pessoal é feito no antigo
prédio da escola, em salas mal ventiladas e que abrigam até 11
funcionários. O esgoto corre a céu
aberto o que torna o cheiro do local insuportável.
Encontramos também vários pombos mortos no terreno, o que segundo os
funcionários; foi resultado de uma limpeza feita na semana passada no telhado do
prédio onde funcionam os alojamentos.
Enquanto estávamos no local dois funcionários da Prefeitura foram ao
local.
Banheiro dentro da cozinha
Cozinha
O Outro Lado
O coordenador de obras da Construtora Vértice, Hamilton
Ferreira, contatou nossa reportagem dizendo que as denúncias não procediam, e que os
trabalhadores não eram funcionários de uma empresa terceirizada e sim da
própria construtora. Quanto aos salários reclamados negou o atraso, e disse que os
trabalhadores não haviam recebido, por não tem completado o mês trabalhado. Já quanto aos condições de alojamento disse
que a Construtora estaria providenciando hoje mesmo a remoção dos empregados
para casas que estariam sendo alugadas próximo a escola que está sendo
reformada.
Um outro detalhe que achamos interessante colocar aqui é com relação a responsabilidade da
administração municipal que acompanha o andamento da obra; será que os
funcionários da prefeitura que visitam o local com freqüência não tomaram
conhecimento destas irregularidades?
Acompanhe abaixo as fotos do local:
Pia onde funcionários fazem sua higiene pessoal
Esgoto correndo a céu aberto atrás do alojamento
Pombo morto atrás do alojamento
Alojamento do piso superior
Acesso ao alojamento do piso superior
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