05/11/2011

Polícia identifica 12 suspeitos de roubo a banco Itaú



A polícia identificou 12 pessoas suspeitas de envolvimento no roubo ao banco Itaú na avenida Paulista, centro de São Paulo, ocorrido em agosto. Todos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça. Dois deles estão presos e os outros dez estão foragidos.

Os suspeitos presos são o vigia Nivaldo Francisco de Souza, que trabalhava no banco na noite em que aconteceu o assalto, e o analista Cleber da Silva Pereira, funcionário da central que controla os alarmes das agências do Itaú.
O homem apontado como lider da quadrilha é Eduardo Gomes Bonfim de Lima, conhecido como Dudu. Segundo a polícia, ele atua também em roubos a condomínios de luxo.
Os outros suspeitos são João Paulo dos Santos, Alessandro Fernandes, Davidson Pereira de Moraes, Francisco Rodrigues dos Santos, Anderson Gomes da Silva, Jair Alves de Souza, Marco Antonio Matias, Evandro Sudário Marques e Wagner dos Santos.
Um terceiro homem foi preso sob suspeita de receptação. Segundo a polícia, ele é irmão de um dos envolvidos no roubo.
As prisões de Souza e Pereira ocorreram em 26 de setembro, por determinação da Justiça.
Os dois funcionários confessaram a participação no roubo e disseram que aceitaram participar pelo "dinheiro fácil" oferecido a eles, segundo a polícia.
A polícia diz que eles alegam ter ouvido dos assaltantes que as vítimas nem reclamariam do roubo do conteúdo nos cofres porque seria tudo "dinheiro de caixa dois".
Editoria de Arte/Folhapress
REFÉM À VONTADE
Policiais dizem que suspeitaram do vigia após ver imagens da agência. Nelas, ele aparece à vontade e "batendo papo" com os ladrões, o que a polícia considera incompatível para um refém.
De acordo com a polícia, quando os assaltantes entraram na agência todo o sistema de monitoramento por meio de câmeras foi destruído. Uma delas, porém,filmou a ação da quadrilha.
As imagens não foram divulgadas, mas policiais dizem que o vigia chegou a comer lanche com o bando durante o assalto.
O roubo durou cerca de dez horas. Não há suspeita, segundo policiais, da participação do outro vigia, rendido na manhã do dia seguinte.
O analista, segundo a polícia, desligou os alarmes um dia antes do roubo.
De todos os cofres violados na agência bancária, apenas os donos de 11 registraram ocorrência na polícia.
Procurado, o banco Itaú informou que "segue colaborando com as investigações. Uma vez concluídas, tomará as providências cabíveis".

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