LUÍSA ALCALDE
O que era para ser mais um cartão-postal da capital já está às escuras, pouco mais de três meses após ter sido inaugurado. A Ponte Estaiada Governador Orestes Quércia, ligação entre a Avenida do Estado e a Marginal do Tietê, no sentido Castelo Branco, na zona norte de São Paulo, não tem nenhuma lâmpada acesa em seus 660 metros de comprimento.
Motoristas que trafegam pelo local contam que a escuridão foi notada logo depois da inauguração, no dia 26 de julho, quando o governo do Estado considerou concluídas as obras de ampliação da Nova Marginal.
“Moro no Bom Retiro e uso essa ponte desde que foi inaugurada. Por ela, o acesso é mais rápido. Só que está completamente apagada”, afirmou o motorista Flávio Delmanto Faria, de 29 anos. “Deve ter sido a ação de vândalos”, especulou o técnico de manutenção Renato Manhães, de 33 anos. “Com certeza foi roubo de fios. Isso tem ocorrido muito na Marginal do Tietê. Passo todos os dias aqui e vira e mexe tem pontos escuros”, completou o DJ, Leo Cunha, de 20 anos.
“Moro no Bom Retiro e uso essa ponte desde que foi inaugurada. Por ela, o acesso é mais rápido. Só que está completamente apagada”, afirmou o motorista Flávio Delmanto Faria, de 29 anos. “Deve ter sido a ação de vândalos”, especulou o técnico de manutenção Renato Manhães, de 33 anos. “Com certeza foi roubo de fios. Isso tem ocorrido muito na Marginal do Tietê. Passo todos os dias aqui e vira e mexe tem pontos escuros”, completou o DJ, Leo Cunha, de 20 anos.
Nem a Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), empresa ligada ao governo do Estado responsável pela obra da nova pista da Marginal do Tietê, nem a Prefeitura de São Paulo se responsabilizaram pela manutenção da iluminação da ponte (veja ao lado). Nenhum dos órgãos públicos soube dizer quando o problema do apagão na parte superior da via será resolvido.
O consultor de engenharia de tráfego Flamínio Fichmann diz que já que o poder público não se responsabiliza pela iluminação da ponte, item imprescindível para a circulação segura dos veículos, a via deveria ser interditada pelo Ministério Público Estadual e pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). “Esses órgãos deveriam intervir em situações de risco como essa. Tem de haver responsabilidades técnicas nesse caso”, destaca o especialista.
A estaiada foi a última das pontes abertas que faz parte do novo complexo de intervenções viárias, erguida ao custo de R$ 85 milhões. A abertura ao tráfego ocorreu com pouco mais de um mês de atraso em relação à data anunciada pelo governo.
A previsão era de que o empreendimento receberia 20 mil veículos por dia. Mas é subutilizada. Cerca de 10 mil carros trafegavam pela ponte diariamente, a metade da demanda prevista. Uma das causas que inibiriam o uso da nova ponte, apontada por engenheiros e até motoristas, é a rota de semáforos da Avenida do Estado. A CET, na ocasião, prometeu readequar os tempos dos semáforos para aumentar a fluidez no trânsito.
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