DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo divulgou nota no fim da tarde deste domingo (13) informando que o procurador-chefe da Fazenda Municipal, Gianfrancesco Genoso, 47, pediu o afastamento do cargo após reportagem publicada hoje pela Folha.
A reportagem de hoje revela que uma investigação da Polícia Federal sobre o uso do banco PanAmericano para financiar contribuições políticas elegeu como um dos seus alvos principais um homem que recebeu sozinho R$ 6,6 milhões do banco durante a campanha eleitoral de 2010. Auditores identificaram essa pessoa é Gianfrancesco Genoso, que diz ter mantido o banco como seu cliente nos últimos dois anos.
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Os auditores não encontraram na contabilidade do PanAmericano nenhum contrato assinado por Genoso com o banco e nenhum documento que justificasse os pagamentos feitos ao advogado, de acordo com um relatório obtido pela Folha.
Segundo a nota da Prefeitura, o prefeito Gilberto Kassab acatou o pedido de Genoso e vai abrir sindicância interna pela Corregedoria Municipal, além de nomear interinamente para a função de procurador-chefe da Fazenda Municipal o dr. Celso Coccaro. Atualmente, procurador-chefe do Município, Coccaro "acumulará as funções até decisão posterior".
OUTRO LADO
Genoso negou que tenha feito contribuições para campanhas políticas, de forma oficial ou disfarçada. O procurador disse que trabalhou em caráter confidencial para o PanAmericano para verificar a situação dos processos judiciais do banco.
Um dos objetivos do serviço era identificar problemas que pudessem atrapalhar as negociações que estavam em curso com a Caixa Econômica Federal em 2009.
Genoso apontou que o delegado responsável pelo caso declarou, em representação à Justiça, que o depoimento dele e o contrato de prestação de serviços "não corroboram de plano a verossimilhança das denúncias, o que demanda maior aprofundamento das investigações".
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