Folha de S.Paulo
A decisão de ressuscitar o contrato com a Controlar, responsável pela inspeção veicular, deverá render mais problemas ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). Além de responder a um processo na área cível, que já lhe custou o bloqueio de seus bens, o prefeito deverá ser alvo de investigação criminal.
Os promotores Roberto de Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi, responsáveis pelo caso, dizem que investigarão se o prefeito cometeu crime ao fraudar um documento usado para renovar o contrato com a Controlar, conforme revelou ontem o Agora.
Eles se baseiam no depoimento de Regina Fernandes de Barros, diretora do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental, ligado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Ela disse que recebeu pronto, de um assessor de Kassab, o parecer que autorizou a retomada do contrato em 2008. O parecer não teria sido feito por ela.
Esse documento era fundamental, dizem os promotores, porque o departamento dela "havia se posicionado pela irregularidade" da retomada. Assim, alegam os promotores, criou-se um "álibi" para dar uma "aparente legalidade" à assinatura do aditivo.
Quem deve investigar Kassab é um grupo ligado ao procurador-geral da Justiça, Fernando Grella, único com competência para investigar crimes de prefeitos. A missão deverá ser apurar se o prefeito teve mesmo participação na suposta fraude.
Resposta
O prefeito Gilberto Kassab disse ontem estar tranquilo sobre uma investigação criminal contra ele, assim como está em relação ao processo na área cível.
Segundo Kassab, a declaração da servidora sobre a assinatura ganhou uma dimensão exagerada por parte da Promotoria.
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