Desabrigados do Moinho se amontoam sob viaduto


Fernanda Barbosa

do Agora
Um vaso sanitário, um chuveiro e um tanque de lavar roupas divididos por uma multidão. Na hora de dormir, mais aperto: casas --pedaços de madeira, lona e plástico amontoados-- de 3 m² abrigam famílias inteiras, com adultos e crianças.
O viaduto Orlando Murgel, na Barra Funda (zona oeste), é a proteção dos barracos improvisados.
Essa é situação de parte dos desabrigados do incêndio da favela do Moinho, mais de um mês depois de ver o fogo consumir seus pertences. O incêndio ocorreu no dia 23 de dezembro.
A associação de moradores estima que, das 407 famílias afetadas pelo incêndio, 300 se amontoem embaixo do viaduto, em um espaço ao lado da favela, antes usado pela escola de samba Leandro de Itaquera para guardar fantasias e carros alegóricos.
Outras 30 se abrigam no Clube Escola Raul Tabajara, também na Barra Funda.
Resposta
A prefeitura informa ter cadastrado todas as 815 famílias da favela do Moinho para a obtenção de uma moradia definitiva.
Segundo a Secretaria Municipal da Habitação, enquanto não forem levadas para as moradias definitivas, os desabrigados tem à disposição o auxílio-aluguel de R$ 300 por mês, por até quatro meses. O benefício está disponível desde o dia 27 de dezembro.
De acordo com a prefeitura, áreas vizinhas à favela devem ser destinadas à construção de habitações de interesse social.
Ainda segundo o governo municipal, a CDHU (órgão estadual da habitação) irá contribuir com a construção das moradias.
Outra opção dada aos desabrigados foi ter uma unidade em conjuntos que já estão em obras na Vila dos Remédios --186 famílias aceitaram, diz a prefeitura.

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