Para atender todos os pacientes, são necessários 28 especialistas.
Governo estuda terceirizar o procedimento de anestesia.
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O Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior de São Paulo, está cancelando cirurgias agendadas previamente por falta de médicos anestesistas. Alguns pacientes esperam há semanas para ser operados e estão descontentes com a situação.
"O próprio médico me disse que a cirurgia não seria mais realizada devido à falta do anestesista", conta a vendedora Patrícia do Carmo.
A irmã dela teve complicações depois de tratar um câncer e aguarda há duas semanas uma operação nos rins. A paciente diz sentir muitas dores e, pela segunda vez, ficou em jejum à espera do procedimento, que foi cancelado.
O Governo do Estado reconhece a falta de anestesistas no Hospital Regional. Um concurso público foi aberto no ano passado para preencher as vagas, mas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não houve interessados para o cargo e um novo concurso deve ser aberto este ano. Além disso, o governador Geraldo Alckmin já anunciou que estuda a possibilidade de terceirizar o serviço de anestesia.
Desde julho de 2011, 65 profissionais de diferentes especialidades pediram demissão do CHS. Segundo a direção do hospital, ainda há seis anestesistas trabalhando no local, mas o ideal seria que houvesse, pelo menos, 28.
O predidente do Sindicato dos Médicos de Sorocaba, Antônio Sérgio Ismael, diz que, além do salário considerado baixo pela categoria - R$ 1,8 mil -, as condições de trabalho oferecidas não são ideais. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o salário dos médicos pode aumentar em R$ 7 mil se forem realizados 12 plantões por mês.
Sobre o cancelamento de cirurgias, a direção do CHS diz que prioriza casos em que os pacientes correm risco de morte. A meta para 2012 é que a capacidade de realização de cirurgias aumente em até 60%.
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