Planalto intensificou pedidos para checar currículos referentes a cargos do segundo escalão
Ricardo Brito, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O governo Dilma Rousseff intensificou nos últimos 15 dias os pedidos de consultas aos servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para que chequem os currículos de indicados por partidos da base aliada para cargos do segundo escalão.
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A decisão do Executivo é um movimento para aplacar a voracidade dos aliados por cargos. No período, foram remetidos para o pente-fino da Abin 120 candidatos - comumente são analisados entre 15 e 30 nomes em um mês.
A triagem feita pela agência é uma pré-condição estabelecida pelo governo para que sejam liberadas as nomeações.
Os agentes fazem um raio X dos indicados, apurando se eles têm, por exemplo, condenações ou dívidas. O repasse de informações é meramente informativo, cabendo ao governo a decisão de vetar os candidatos a partir dos dados fornecidos pela Abin.
Folha corrida. Apenas os pretendentes para os cargos de confiança acima do DAS-4 são alvos da varredura dos arapongas. Não poucas vezes a “peneirada” falha e a folha corrida do indicado vem à tona depois da posse.
A tentativa de liberação dessas indicações, feitas ao longo dos últimos meses pelos partidos da base aliada, está no seio da revolta que culminou, na quarta-feira no Senado, na derrubada da recondução de Bernardo Figueiredo para ficar mais quatro anos à frente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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