Notícia do ataque foi recebida com preocupação, mas nenhuma atitude drástica será tomada
Efe
NAÇÕES UNIDAS - O Conselho de Segurança da ONU recebeu com preocupação a notícia sobre o atentado de Damasco, que provocou a morte do ministro da Defesa do país, mas não deve tomar atitudes drásticas, segundo o presidente da entidade, o colombiano Néstor Osorio. "Os membros do Conselho de Segurança registraram os últimos trágicos eventos na Síria como algo muito lamentável", disse o presidente rotativo do principal órgão internacional de segurança.
Andrew Burton/Getty Images/AFP
Néstor Osorio, presidente rotativo do CS da ONU
Os rebeldes sírios promoveram, nesta quarta-feira, 18, o maior golpe desde março de 2011 contra o regime do presidente Bashar Assad, matando o ministro e vice-ministro da Defesa, além de um assistente presidencial. "São notícias extremamente lamentáveis e se trata de uma reação da oposição que tem todos os ingredientes de uma batalha interna de grande magnitude. Damasco está em chamas", acrescentou o diplomata colombiano, que acrescentou, no entanto, que o Conselho não contempla a possibilidade de emitir uma condenação oficial.
"Conseguir um consenso para condenar atos de violência está ficando muito difícil na ONU", disse o presidente do Conselho ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma condenação contra o atentado. De qualquer forma, os membros do Conselho de Segurança estão centrados na votação de amanhã, que decidirá se o projeto de resolução ocidental, que ameaça impor sanções ao regime sírio, será aprovado.
"O Conselho manteve as portas abertas para o diálogo entre os membros, buscando uma fórmula ideal para tratar os problemas do país", disse Osorio. Segundo o atual presidente do Conselho, o texto ocidental, que também propõe a extensão por 45 dias da presença dos observadores internacionais na Síria, é "uma resolução orientada a pôr fim à violência, obter o cessar-fogo e conseguir um compromisso do Governo e da oposição para um diálogo político".
Após curta reunião na manhã desta quarta, os membros permanentes do principal órgão internacional de segurança acataram o pedido do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, para atrasar o voto da resolução para quinta-feira.
Sobre a Rússia, o embaixador da França na ONU, Gérard Araud, explicou que não há nada para discutir "se nossos amigos não trazem contribuições".
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