A investigação sobre a morte do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo, assassinado na terça-feira em Brasília, foca agora em duas hipóteses: morte por encomenda ou acerto de contas.
Colegas de trabalho de Tapajós, que atuou na investigação contra o empresário Carlinhos Cachoeira, relataram aos investigadores do caso que o agente poderia estar devendo dinheiro a agiotas. A própria PF abriu inquérito para apurar o assassinato, a cargo da Delegacia de Defesa Institucional.
Agente da PF que atuou na Monte Carlo é assassinado em Brasília
PF trabalha de forma intensa no caso de agente assassinado, diz ministro
Deputado diz que morte não intimida CPI
PF trabalha de forma intensa no caso de agente assassinado, diz ministro
Deputado diz que morte não intimida CPI
Reprodução/Facebook/wilton.tapajos.7 |
Wilton Tapajós em foto postada no seu perfil do Facebook |
Os investigadores já tem um retrato falado de um dos suspeitos, feito a partir de informações de um coveiro do Cemitério Campo da Esperança, local onde ele foi morto com dois tiros na cabeça. As imagens de câmeras de segurança do cemitério também ajudarão os investigadores.
Segundo relatos feitos a colegas de Tapajós, o assassinato foi cometido por dois homens.
A Polícia Civil do Distrito Federal também investiga o caso. A hipótese de latrocínio perdeu força, segundo a investigação. Ela surgiu pois o carro que Patajós usava foi levado pelos bandidos.
O agente participou da Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira e investigou dezenas de policiais militares, civis e federais.
A operação já tem um histórico de ameaças a investigadores e a um juiz que tocava o caso.
Mais cedo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a PF está trabalhando de "forma intensa" para apurar as causas do assassinato. O ministro não quis, no entanto, relacionar o crime ao trabalho do agente na operação.
"Nós pedimos à Polícia Federal que apure com o máximo de rigor esse fato grave. E nós precisamos saber as causas e saber quem foram os autores desse homicídio para, a partir daí, tomar as medidas que forem cabíveis", disse Cardozo.
Na avaliação do ministro, é preciso evitar especulações. "Eu não posso afirmar que isso se deveu a participação desse agente que foi vitimado em qualquer das operações que ele atuou."
Também hoje, o presidente da CPI da Cachoeira, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou que a comissão não irá se intimidar por eventuais ameaças ou pelo assassinato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário