Simei Morais
do Agora
As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de São Paulo fizeram, em 2011, 482 mil consultas a menos do que no ano anterior --no total, foram 8,06 milhões de atendimentos.
Ao mesmo tempo, as AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) fizeram 327 mil consultas a mais, chegando a 10,28 milhões.
Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde, em relatório encaminhado ao TCM (Tribunal de Contas do Município) ao qual a reportagem teve acesso.
Os números coincidem com os investimentos. Nos últimos anos, a prefeitura tem injetado mais verba nas AMAs, uma das bandeiras da administração Gilberto Kassab (PSD).
No ano passado, por exemplo, cada uma das então 135 AMAs recebeu, em média, R$ 4,7 milhões, contra R$ 758 mil destinados para cada uma das 440 UBSs.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde diz que o atendimento das UBSs não pode ser comparado ao do das AMAs porque as unidades têm funções distintas.
A pasta não comenta a redução de consultas em relação a 2011 nas UBSs.
A secretaria diz que houve aumento de atendimentos entre 2004 e 2011 (de 8,9 milhões para 17,4 milhões).
O dado de 2011 (17,4 milhões) difere do número enviado ao TCM (8,06 milhões) no relatório.
A secretaria não esclareceu formalmente a diferença nos números.
A pasta não comentou os casos dos pacientes citados alegando não localizar os dados.
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