Ex-diretor do Dnit deve falar à CPI do Cachoeira


O Estado de S.Paulo

A CPI do Cachoeira tenta ouvir na manhã desta terça-feira, 28, Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ao contrário da maioria dos depoentes, que ficam em silêncio diante dos parlamentares, Pago se diz disposto a falar.
Demitido durante a “faxina” da presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes em 2011, Pagot fez denúncias recentes que envolvem tanto governistas quanto oposição. Ele acusou PT e PSDB de usarem os governos federal e paulista para bancar a campanha presidencial de 2010. À imprensa, Pagot disse que o alto escalão do PT pediu ajuda para conseguir doações de empresas contratadas pelo Dnit para a campanha de Dilma. Sem apresentar provas, culpou tucanos por suposto desvio de dinheiro do Rodoanel para abastecer o comitê do então candidato José Serra. Os dois partidos negam as acusações.
A expecativa dos parlamentares é de que Pagot fale ainda sobre as relações da construtora Delta, construtora apontada pela Polícia Federal como integrante do esquema de Cachoeira, com o órgão que chefiava no ministério.
Também está previsto para esta terça o depoimento de Adir Assad, dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem, suspeitas de atuarem como “laranjas” e de terem sido beneficiadas com repasses de dinheiro público pela Delta. Assad, no entanto, obteve decisão judicial favorável para ficar em silêncio.

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