Motoristas enfrentam falta de estrutura no Rodoanel


Rafael Italiani

do Agora
Abasteça o carro, use o banheiro, faça ligações importantes pelo celular e se alimente antes de acessar o Rodoanel. O Vigilante Agora percorreu na semana passada os cerca de 90 km da via que dá acesso para sete rodovias que passam por São Paulo e pela Grande SP. Além da falta de infraestrutura, o Rodoanel que ainda está pela metade, também dá sensação de insegurança para os motoristas.
Os prédios que ficam ao lado das praças de pedágio--e guardam o dinheiro arrecadado-- precisam de arame farpado e cerca eletrificada para afastar criminosos.
"É perigoso, tem muita favela por perto e a gente sempre precisa ficar atento com grupos que aparecem no acostamento", afirmou uma funcionária da concessionária CCR, que administra o trecho oeste. Ela preferiu não se identificar.
Resposta
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) orienta os motoristas a programar suas viagens e abastecer antes de entrar no Rodoanel. Segundo o órgão, a via é de "classe zero", somente com acessos e saídas "justamente para viabilizar uma rápida interligação entre as rodovias". Sobre o sinal de celular, diz que a cobertura cabe às empresas de telefonia.
A CCR, que administra o trecho oeste da via, afirmou que "as praças de pedágio estão localizadas em uma região de grande adensamento populacional, cuja ocupação ocorreu de forma irregular". A empresa diz que o reforço é para evitar assaltos e contribuir com a segurança. Sobre o trecho em obras, a CCR diz que a intervenção é para aplicar a quinta faixa. A obra deve acabar neste ano e irá melhorar o tráfego.
A SPMar, responsável pelo trecho sul, afirmou que nos kms 41 e 68 há unidades de serviço com banheiro. A do km 41 pode receber veículos de grande porte para "pequenas manutenções".
A Polícia Militar Rodoviária afirmou que 42 agentes trabalham constantemente no Rodoanel, distribuídos em escalas. Por turno, são cinco carros e duas motos. De acordo com a PM, são duas bases: uma no km 13,5 e outra no km 67,8. A polícia também afirmou que fez 3.600 abordagens em pessoas e prendeu 11 suspeitos nos últimos seis meses, além de apreender duas armas e recuperar 16 veículos furtados e roubados.

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