Fidel Castro rompe o silêncio e diz: ‘Não confio nos EUA’

HAVANA - O ex-presidente cubano Fidel Castro disse na noite desta segunda-feira que não confia nos Estados Unidos e quebrou o silêncio sobre a histórica aproximação anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo presidente Barack Obama. O líder cubano também afirmou que não teve nenhum diálogo com Washington.
"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles, sem que isso não signifique uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", disse Fidel em carta dirigida à Federação Estudantil Universitária e lida na TV cubana.
O líder da revolução cubana, de 88 anos, não criticou o acordo anunciado pelo irmão Raul e por Obama, no dia 17 de dezembro, em que ambos países reestabeleceram suas relações.
"O presidente de Cuba tem dado passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e com as faculdades que a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba concebem a ele. Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, e os dos nossos adversários políticos. Isto é o que estamos pedindo a todos", completou Fidel.
O silêncio de Fidel Castro sobre o acordo firmado entre Cuba e EUA havia aumentados os boatos sobre a sua morte e estado de saúde no começo do mês, até que o ex-jogador argentino Diogo Maradona, anunciou há duas semanas ter recebido uma carta do ex-presidente.

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