"A ficha corrida dele o desabona a gerenciar qualquer bem público, que dirá a mais importante empresa brasileira. Não temos dúvidas de que sua missão na Petrobrás será retomar o desmonte iniciado por FHC e que foi estancado no governo Lula", diz nota divulgada pela Federação Única dos Petroleiros
1 DE JUNHO DE 2016 ÀS 05:38
247 – Em nota, a Federação Única dos Petroleiros condenou duramente a aprovação, pelo conselho de administração da Petrobras, do nome de Pedro Parente para a presidência da companhia. Leia abaixo:
O Conselho de Administração da Petrobrás, que até pouco tempo atrás defendia ardorosamente a independência da empresa em relação ao governo e aos partidos políticos, endossou a indicação do PSDB (aliado do governo golpista de Michel Temer) e aceitou de braços abertos Pedro Parente.
Os escândalos e fiascos que protagonizou como ministro de Fernando Henrique Cardoso e o prejuízo de mais de US$ 1 bilhão que causou à Petrobrás no passado, nada disso foi levado em conta pelos conselheiros. A FUP cobrou esclarecimentos sobre os critérios utilizados no Teste de Integridade que avaliou Pedro Parente.
A ficha corrida dele o desabona a gerenciar qualquer bem público, que dirá a mais importante empresa brasileira. Não temos dúvidas de que sua missão na Petrobrás será retomar o desmonte iniciado por FHC e que foi estancado no governo Lula.
Conhecemos muito bem o modus operandi dos tucanos e não permitiremos que repitam os estragos feitos nos anos 90, quando dizimaram direitos da categoria e tudo fizeram para privatizar a Petrobrás, que só não virou Petrobrax em função da resistência dos trabalhadores.
Pedro Parente significará a volta da gestão do PSDB. Um presidente indicado por um governo golpista não terá a legitimidade dos petroleiros.
SEU PASSADO O CONDENA
Conhecido como o "faz-tudo” de FHC, Pedro Parente carrega em seu currículo a pecha de “ministro do apagão”, por não ter conseguido gerenciar a crise de energia que eclodiu em 2001 e impôs à população cortes de luz, racionamentos e contas altíssimas.
Nessa mesma época, ele obrigou a Petrobrás a bancar investimentos privados em usinas termoelétricas e garantir o lucro dos empresários através de escandalosas "contribuições de contingências" que causaram prejuízos de mais de 1 bilhão de dólares à companhia.
Pedro Parente também responde a ação por improbidade administrativa, quando ocupou a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, no início do governo FHC. Em um dos processos que corre contra ele na Justiça Federal de Brasília, chegou a ser condenado, junto com outros ministros tucanos,a ressarcir os cofres públicos em R$ 2,9 bilhões.
CONSELHEIRA ELEITA TRAIU A CATEGORIA
A conselheira eleita, que ganhou a representação dos trabalhadores no CA com o apoio das gerências, cumpriu o seu primeiro dever de casa e referendou a nomeação de Pedro Parente, que, segundo a imprensa, foi eleito por unanimidade.
Em seu discurso de campanha, ela jurou independência política, mas o primeiro ato como conselheira foi servir de correia de transmissão de um governo golpista.
Michel Temer já anunciou que "o Estado deve transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura" e que "a Petrobrás é uma empresa que tem que pautar-se pelos critérios de seu interesse, como se fosse quase um empreendimento privado".
Essa não é a agenda dos trabalhadores. A conselheira, que deveria representar os petroleiros no CA, votou a favor dos entreguistas e traiu a categoria.
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