Região de Sorocaba tem a pior estatística sobre casos de estupros no estado de São Paulo







Segundo o jornal Cruzeiro do Sul, a cidade de Sorocaba lidera as estatísticas da Secretaria de Estado da Segurança Pública em relação aos casos de estupros notificados nos quatro primeiros meses de 2016: ao total foram 64, contra 53 no mesmo período de 2015, o que representa um aumento de 20,75%.
Os dados da SSP afirmam que, neste ano, em janeiro a cidade teve 22 estupros, em fevereiro 11, em março 12 e em abril, 19 casos.
Em relação ao mesmo período do ano passado, em janeiro de 2015 foram 17 estupros em Sorocaba, 20 em fevereiro, 10 em março e 6 em abril.
Como os dados de maio e junho ainda não foram divulgados, pode ser que esses números fiquem piores, pois sabemos que no último dia 10, uma mulher de 27 anos foi atacada por um homem e levada a um matagal onde foi estuprada, no bairro Wanel Ville, na zona oeste. No final de maio, uma estudante de 20 anos denunciou à polícia que teria sido abusada por um rapaz durante a realização dos jogos universitários, que ocorreram na cidade.
Outro fator importante, comentado pela delegada titular da DDM, Ana Luiza Salomone, os números refletem mais denúncias. “Eu acho que hoje as pessoas denunciam mais. A violência sempre existiu e ela permanece. E o que acontece atualmente é a maior notificação (…) A subnotificação ocorre também, já que muitos casos não chegam e por vários motivos”.
Os números de casos de estupros das principais regiões do estado de São Paulo, segundo a SSP são:
  • Sorocaba: 362
  • Campinas: 300
  • Ribeirão Preto: 256
  • São José dos Campos: 209
  • Bauru: 208
  • Piracicaba: 195
  • Santos: 158
  • Presidente Prudente: 79
  • Araçatuba: 70
Atendimento às vítimas em Sorocaba
A delegada titular da DDM de Sorocaba disse que a unidade especializada da Polícia Civil poderá funcionar 24 horas, mas por enquanto não tem estrutura para isso.
Atualmente, a unidade funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, mas para fazer boletim de ocorrência é somente das 10h às 16h. Nos demais horários, a vítima tem que ir aos plantões policiais, que funcionam 24 horas.
Coletivo Feminista Rosa Lilás acredita que como a unidade é especializada deveria atender às vítimas 24 horas e recentemente entregou um abaixo-assinado para a DDM solicitando a mudança no horário de atendimento.

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