Paraná 247 - Umas das principais lideranças nacionais contrárias ao governo interino de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) cutucou mais uma vez o atual governo. "No dia em que se revela destino de 70 milhões distribuidos por Sergio Machado governo interino corta transporte e comida da Dilma? Vergonha!", disse o parlamentar, nesta sábado (4), pelo Twitter.
Editora da
coluna Painel, a jornalista Natuza Nery, neste sábado, que o presidente interino, que já havia decidido controlar as visitas no Palácio do Alvorada e limitar os voos da presidente eleita Dilma Rousseff, decidiu também cortar a alimentação da presidente e dos funcionários que atuam por lá (
veja aqui).
O congressista fez referência ao fato de que o ex-presidente da Transpectro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada, que arrecadou e pagou mais de R$ 70 milhões desviados da estatal para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), para o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), entre outros líderes do PMDB.
De acordo com Machado, R$ 30 milhões foram destinados a Renan, que indicou o ex-dirigente para a presidência da Transpetro em 2003; R$ 20 milhões para Sarney, e cera de de R$ 20 milhões para Jucá, ex-ministro do Planejamento de Temer.
Requião continuou suas críticas ao governo Temer. Segundo ele, os ministro José Serra (Relações Exteriores) e Henrique Meirelles (Fazenda) "defendem os rentistas e o entreguismo enquanto um bando de néscios, meliantes e incompetentes desmoralizam nosso Brasil".
"Cabe ao Senado por fim na vergonha do impeachment e dar um caminho nacionalista e popular ao equivocado governo da Dilma até aqui. A obra!", complementou.
Outro lado
Por meio da assessoria, o presidente do Senado, Renan Calheiros, negou ter recebido dinheiro de Machado. “Jamais recebi vantagens de ninguém e sempre tive com Sérgio Machado relação respeitosa e de Estado”. Jucá também negou via assessoria de imprensa. “O senador nega o recebimento de qualquer recurso financeiro por meio de Sérgio Machado ou comissões referentes a contratos realizados pela Transpetro”.
Sarney falou, na semana passada, sobre as gravações de Sérgio Machado publicadas pela Folha citando o seu nome. “As conversas que tive com ele nos últimos tempos foram sempre marcadas, de minha parte, pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade. Nesse sentido, muitas vezes procurei dizer palavras que, em seu momento de aflição e nervosismo, levantassem sua confiança e a esperança de superar as acusações que enfrentava”, disse ele, em nota.
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