JANIO: DOAÇÃO DA ODEBRECHT A SERRA NO EXTERIOR PODE TER SIDO PARA USO PRÓPRIO

"Partido não precisa de dinheiro no exterior, o que até exige complicadora remessa para o Brasil. Depósito no exterior indica como destino, não campanhas, mas bolsos e contas pessoais, mesmo se encobertas por terceiros", diz o colunista Janio de Freitas, sobre o depoimento de Marcelo Odebrecht, em que ele afirma ter doado R$ 23 milhões, via caixa dois, ao chanceler interino José Serra, inclusive com depósitos no exterior

11 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 05:59 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM 

247 – Em artigo publicado nesta quinta-feira, o colunista Janio de Freitas sugere que a doação de R$ 23 milhões feita pela Odebrecht, via caixa dois, a José Serra no exterior por ter sido para uso pessoal – e não para campanhas políticas.

"Só há quatro dias um assunto da nova temática apareceu, com a revelação da Folha, pela repórter Bela Megale, de que dirigentes da Odebrecht informaram a Lava Jato sobre doação "por fora" de R$ 23 milhões (hoje, R$ 54,5 milhões) "à campanha" presidencial de José Serra em 2010. Além daquele montante, haveria ainda R$ 2,4 milhões (R$3,6 milhões de hoje) doados por meio do Comitê Financeiro Nacional da Campanha, portanto, legais em princípio", diz ele.

"Parte daquele montante anterior foi depositada no exterior. E aí há, digamos, um equívoco. Partido não precisa de dinheiro no exterior, o que até exige complicadora remessa para o Brasil. Depósito no exterior indica como destino, não campanhas, mas bolsos e contas pessoais, mesmo se encobertas por terceiros."

Leia aqui a coluna de Janio de Freitas.