
Entrevistado pelo jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, o
ex-presidente Lula disse nesta quinta (25) que o ministro Gilmar Mendes
"tocou o dedo na ferida" ao criticar os investigadores da Lava Jato e ao
Ministério Público, nos últimos dias, em decorrência do vazamento de
conteúdo da delação premiada de Léo Pinheiro, da OAS, à revista Veja;
"Há dois anos, numa cerimônia em homenagem ao Márcio Thomas Bastos no
Ministério da Justiça eu já protestava contra estes métodos. Quando Moro
definiu [ele se refere às entrevistas do juiz citando a Operação Mãos
Limpas, na Itália] que a imprensa ajudava no processo, ele estimulou o
julgamento pela imprensa. É preciso que o juiz volte a julgar com os
autos, as provas", afirmou o ex-presidente; para ele, o episódio pode
servir para que se abra um debate sobre o tema
247 - Entrevistado pelo jornalista Fernando Brito,
do Tijolaço, o ex-presidente Lula disse nesta quinta-feira (25) que o
ministro Gilmar Mendes "tocou o dedo na ferida" ao criticar os
investigadores da Lava Jato e ao Ministério Público, nos últimos dias,
em decorrência do vazamento de conteúdo da delação premiada de Léo
Pinheiro, da OAS, à revista Veja.
"Há dois anos, numa cerimônia em homenagem ao Márcio Thomas Bastos no
Ministério da Justiça eu já protestava contra estes métodos. Quando
Moro definiu [ele se refere às entrevistas do juiz citando a Operação
Mãos Limpas, na Itália] que a imprensa ajudava no processo, ele
estimulou o julgamento pela imprensa. É preciso que o juiz volte a
julgar com os autos, as provas", afirmou o ex-presidente.
Para ele, o episódio pode servir para que se abra um debate sobre
isso, agora que o vazamento atinge um ministro do Supremo Tribunal
Federal e gera comoção.
Lula não se verga ao conveniente e diz que é preciso que alguns
juízes e membros do Ministério Público – “alguns, não todos’, ressalva –
deixem de se comportar como ungidos por Deus para, a seu modo,
definirem quem merece ou não ter direitos.
"Sou vítima de mentiras há muitos anos. Sei o que é isso. Não posso
aceitar que uma pessoa vá para o julgamento na Justiça já condenado pelo
julgamento da mídia. E nem que os indivíduos, como alguns fazem, se
comportem como se eles próprios fossem as instituições", disse.
Neste
link a entrevista na íntegra.
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