Longe
de solução final, recuperação da Avenida se arrasta entre prejuízos, danos não
reparados e falta de medidas efetivas por parte do poder público
Março de 2016. Um grande temporal castiga a cidade
de São Roque, alagando ruas e avenidas, trazendo prejuízo à população e danos
de grande monta em residências e empreendimentos comerciais do município.
O volume das águas gerado pela chuva é intenso o
suficiente para fazer desmoronar um trecho da Avenida Antonino Dias Bastos, um
dos pontos de maior importância no trânsito municipal.
setembro de 2016. Seis meses e alguns dias depois,
o trecho inteiro que ruiu - compreendido entre as Avenidas Brasil e John
Kennedy – continua praticamente do mesmo jeito.
A solução, as obras de recuperação da via, parece
a cada dia estar longe de ser conquistada. Falta de condições financeiras,
crise econômica e a espera de verbas de convênios com os governos estadual e
federal são as justificativas da Prefeitura para a demora na resolução do
problema.
Enquanto o impasse não é resolvido, são-roquenses atingidos
reclamam dos prejuízos por causa da destruição e a demora para solucionar os
problemas.
Um comerciante ouvido pela nossa reportagem, dono
de uma loja de compra e venda de automóveis ali instalada afirma que, por causa
do incidente, foi obrigado a fechar o comércio. "Devido à dificuldade de
acesso dos clientes à loja fui obrigado a fechar as portas, afinal, não há como
manter aberto. Ficarei com o prejuízo", lamenta.
Proprietária de um escritório nas proximidades, a
advogada Caroline Góes conta que não viu outra opção a não ser trocar de
endereço até que a reconstrução seja realizada.
“Não havia outra solução a não ser mudar de
endereço, meus clientes ficaram prejudicados para acessar o escritório. Espero
que tenhamos uma solução o mais rápido possível, afinal é uma via importante da
cidade e toda à população tem a vida influenciada pelo problema”, relata.
A insatisfação de alguns moradores em relação a
como o assunto é conduzido pela Prefeitura poderá inclusive ser deliberada no
Judiciário. Cansados de esperar por uma solução, moradores diretamente
envolvidos com os danos denunciaram o problema ao Ministério Público.
Os atingidos querem que a Prefeitura de São Roque
seja cobrada judicialmente baseando-se no decreto emergencial assinado pelo
prefeito no dia 11 de março.
Com a publicação do decreto, a Prefeitura
instituiu prazo de 180 dias para que as obras emergenciais fossem promovidas,
ficando inclusive dispensada de promover processo licitatório para a
recuperação dos danos.
Porém, mesmo com a dispensa de algumas exigências
legais – fato que poderia dar mais rapidez ao processo, os moradores alegam que
já se passaram 120 dias e até o momento as obras não foram iniciadas, sendo
feita somente a remoção de entulhos no local.
Em entrevista coletiva realizada nos mês de março
deste ano o Prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa, informou que somente
para a recuperação do trecho danificado, a obra poderá custar em torno de R$ 15
milhões e, uma vez iniciada, terá duração inicial de até 12 meses.
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