247 – Em artigo publicado nesta terça-feira, o colunista Mario Sergio Conti aponta o ministro da Justiça como um marqueteiro inspirado em Bruce Wyllys – e não um agente público à altura do cargo que ocupa.
"Desde que Alexandre de Moraes posou para um vídeo ceifando pés de maconha com uma peixeira, se sabe que ele é um ator despudorado. Vestido de preto da careca às botas, brandindo o facão para lá e para cá, o titular do ministério mais antigo, o da Justiça, criado antes da Independência, virou um astro da política da noite para o dia", diz ele.
"O inédito no desempenho de Moraes foi a sua garra eletrizante. Ele se inspirou em Bruce Willis, no tipo que arregaça as mangas e parte para a ignorância. Como os arbustos de maconha se acovardaram diante da sua arremetida furiosa, a encenação ficou canhestra. Mas o recado foi dado: Alexandrão está de peixeira em punho, não mexam com ele."
Conti ironiza ainda a mais recente trapalhada do ministro. "Moraes voltou às telas no domingo. Ao fazer campanha por seus correligionários tucanos no interior paulista, disse que haveria uma nova investida da Lava Jato nessa semana. E profetizou que seria lembrado pela plateia assim que a Polícia Federal agisse. Não deu outra, a PF prendeu Antonio Palocci na manhã seguinte", diz ele.
"Moraes foi lembrado sim —só que como um político que está informado sobre ações policiais das quais não deveria ter ciência, um ministro que usa a Lava Jato para proteger o governo e assediar os seus adversários."
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