Santa Casa: Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento





A falta de médicos no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia voltou a ser motivo de preocupação nos últimos dias.
A interrupção nos atendimentos se deu, segundo os médicos, após a administração da Santa Casa deixar de efetuar os pagamentos pelos serviços prestados pelo terceiro mês consecutivo.
“A Santa Casa parou de efetuar os pagamentos há três meses. Estamos atendendo somente pacientes em situação emergencial e de urgência. Tudo o que queremos é que a situação seja resolvida e não voltaremos ao trabalho até que isto aconteça”, afirmou um dos médicos em vídeo veiculado na Internet.
Além dos pagamentos atrasados, os médicos também cobram mudanças na unidade para melhorar atender melhor á população.
“O hospital está sendo submetido a obras estruturais, estão sendo feitas ações na fachada, porém, a parte interna ainda conta com camas velhas e equipamentos defasados. Aparelhos necessários, que podem fazer a diferença, não existem. O prédio é o mesmo, por dentro é tudo igual, tudo velho. Estão maquiando a Santa Casa”, diz.
Desde a formalização do acordo entre a Prefeitura e a FENAESC até hoje, as únicas ações efetivas realizadas consistem em obras concentradas exclusivamente na região de entrada, onde estão sendo feitas alterações na fachada e área frontal do hospital.
A situação da Santa Casa de São Roque, no que concerne ao panorama atual, pode ser definida por um ditado popular muito utilizado pelos mais antigos: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”.
Tal dito nos remete a ideia das falsas aparências, e é, infelizmente, o meio mais preciso de traduzir a real situação do único hospital destinado ao serviço de saúde pública da cidade.
Por fora, vê-se surgir um suntuoso prédio, que nos leva a acreditar que estamos diante de uma moderna unidade de saúde.  Por dentro, as mazelas de sempre: faltam médicos e medicamentos, estrutura arcaica e funcionários com salários atrasados e sem motivação para exercer o importante ofício.


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