247 – A aprovação com folga da PEC 241 em segundo turno (359 votos contra 116) "confirma a consolidação do atual bloco no poder" e "faz prever longo inverno", analisa o cientista político André Singer, em sua
coluna na Folha de S.Paulo neste sábado 29.
Ele observa que "o avanço neoliberal conta, por ora, com a passividade popular". "Como as consequências da PEC não são imediatas, os setores de baixa renda ignoram que ela visa a desmontar a ideia de saúde e educação universais e gratuitas", afirma. Porém, "a manutenção do indiferentismo vai depender do desempenho efetivo da economia", destaca.
Segundo Singer, o PT também "não consegue explicar às massas o que ocorre", "devido ao modo como o lulismo colapsou — praticando a receita do adversário e soterrado por denúncias de corrupção".
Na opinião do professor da USP, "de momento, a mais forte reação ao avanço privatista vem dos estudantes do ensino médio", que, "conscientes ou não do papel que jogam, representam hoje, com as suas escolas tomadas, a vanguarda do protesto contra o desmonte das políticas públicas".
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