Rio Grande do Sul 247 - O senador Lasier Martins encaminhou, na manhã desta quarta-feira (21), o pedido de desfiliação do PDT por divergências de posições. O parlamentar estava ameaçado de ser expulso da sigla após contrariar a orientação partidária e votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e por ter votado a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que estabelece um limite para os gastos públicos.
No pedido encaminhado ao presidente estadual da sigla, o deputado federal Pompeo de Mattos, o político afirmou ter sido 'uma grande honra' e disse ter vivido 'momentos inesquecíveis no partido'. "No entanto, não encontro mais entusiasmo para permanecer no PDT", escreveu.
Ao G1, o congressista justificou a saída por 'discordância com o retardo partidário', se referindo a um atraso da sigla. "O PDT continua apegado a uma esquerda utópica, demagógica, em favor de um estado pesado e gigantesco, no qual se pensa muito em atender ao social, mas esquece que, primeiro, tem que priorizar o econômico", disse. "A maioria dos partidos não tem sensibilidade em mudanças das regras trabalhistas. A época em que vivemos é influenciada pela informatização, pelo mundo digital. Eu vinha propondo a revisão da doutrina do partido e não vinha encontrando eco", acrescentou.
Sobre uma futura filiação a outro partido, Martins informou que pretende tomar uma posição até o final do mês de janeiro. "Tenho convites de uma dezena de partidos. São quase todos parecidos. Vou tirar uns dias de férias e até o fim de janeiro eu decido. Por enquanto, vou continuar sem partido".
O PDT, agora ex-partido de Martins, tem como pré-candidato à presidência da República o ex-ministro Ciro Gomes, também ex-governador do Ceará. O pedetista é um dos mais ferrenhos críticos da gestão do presidente Michel Temer.
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