O instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), unidade Cabo de Santo Agostinho, está ocupado há duas semanas. Os estudantes dos cursos de Meio Ambiente e Logística ocuparam o prédio do Departamento Administrativo e algumas salas de aula. O campus tem sede provisória e funciona na Faculdade de Ciências Humanas do Cabo de Santo Agostinho (FACHUCA), no Bairro Santo Ignácio.
Desde os primeiros dias de ocupação os jovens estudantes têm concentrado energias e somado forças, se posicionando contra a PEC 55 (241), que prevê paralisação de investimentos por vinte anos em diversos setores das políticas públicas, entre eles Educação, Saúde e Assistência Social. Rodas de diálogo, momentos de estudo e atividades culturais são componentes da estratégia político-metodológica da ocupação, para oportunizar aos estudantes aprofundamentos sobre essas questões da conjuntura.
Essa estratégia tem confrontado uma parte privilegiada da população do município do Cabo, que vem tentando criminalizar e deslegitimar, em vão, o movimento. Os jovens que hoje ocupam o IFPE no Cabo, além de estudantes, são formadores de opinião em suas comunidades e têm mobilizado às juventudes para incidência política no município. Têm realizado batalhas de MC, manifestações de pressão sobre a Câmaras de Vereadores em relação ao aumento abusivo dos próprios salários dos parlamentares e mobilizações de rua em defesa dos direitos de todos os cidadãos e cidadãs.
Essa estratégia tem confrontado uma parte privilegiada da população do município do Cabo, que vem tentando criminalizar e deslegitimar, em vão, o movimento. Os jovens que hoje ocupam o IFPE no Cabo, além de estudantes, são formadores de opinião em suas comunidades e têm mobilizado às juventudes para incidência política no município. Têm realizado batalhas de MC, manifestações de pressão sobre a Câmaras de Vereadores em relação ao aumento abusivo dos próprios salários dos parlamentares e mobilizações de rua em defesa dos direitos de todos os cidadãos e cidadãs.
“O Cabo de Santo Agostinho está na rota do desenvolvimentismo com a instalação do Complexo Portuário de Suape. Esse modelo baseado na superexploração dos recursos naturais para beneficiar a indústria do petróleo e gás tem causado problemas socioambientais em diversas localidades e atingido de modo particular a vida das mulheres e jovens. A remoção de comunidades tem sido uma constante, mulheres foram violentadas, sem falar que segundo o IVJ 2014, que trata da violência e desigualdade racial, o município foi o mais violento do país em relação ao assassinato de jovens”, afirmou, Léo Machado FASE – Pernambuco em roda de diálogo na ocupação na última quinta-feira (08/12/2016)
Por Léo Machado e Mônica Oliveira, especial para os Jornalistas Livres, do Cabo de Santo Agostinho (PE)
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