Ministro do STF criticou o que chamou de "famoso jeitinho brasileiro" na decisão da Corte em manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado e afastá-lo da linha de sucessão da Presidência da República; "Eu penso que nós poderíamos ter avançado como eu disse no voto no dia de ontem e que acabamos por endossar um verdadeiro deboche institucional. Isso está no voto e, ao partirmos para o famoso jeitinho brasileiro com a decisão, o Supremo saiu, a meu ver, como instituição, última trincheira da cidadania, desgastado", disse
"Eu penso que nós poderíamos ter avançado como eu disse no voto no dia de ontem e que acabamos por endossar um verdadeiro deboche institucional. Isso está no voto e, ao partirmos para o famoso jeitinho brasileiro com a decisão, o Supremo saiu, a meu ver, como instituição, última trincheira da cidadania, desgastado. Agora também saiu desgastado o Senado (...). Não vejo com bons olhos a solução do tribunal", disse Mello em entrevista à Rádio Jovem Pan. — disse o ministro em entrevista à rádio "Jovem Pan".
Nesta semana, ele atendeu, por meio de uma decisão liminar, uma ação impetrada pela Rede Sustentabilidade que resultou no afastamento de Renan da presidência do Senado. Nesta quarta-feira, porém, o plenário do SF decidiu, por seis votos a três, manter Renan no cargo, mas sem permanecer na licha sucessória.
"Nós temos uma situação jurídica extravagante que pode se repetir em inúmeros casos. Isso é péssimo em termos de segurança jurídica", destacou.
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