247 - Depois de apoiar ativamente a derrubada da presidente Dilma Rousseff (PT), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) encerrou 2016 com resultados catastróficos, com quedas em todos os pontos da pesquisa "Indicadores Industriais". O faturamento foi o indicador com a maior queda no ano passado. Ele retrocedeu 12,1% na comparação entre 2015 e 2016. Os indicadores de produção também tiveram um forte recuo no ano, com uma queda de 7,6% nas horas trabalhadas e 7,5% no nível de emprego. A comparação é com 2015. "Os dados do mercado de trabalho continuam negativos, isso é um indicador da capacidade de compra dos trabalhadores e mostra dificuldade da economia retomar seu crescimento", diz o gerente-executivo de política econômica, Flavio Castelo Branco.
"Castelo Branco destacou que 'a grande ociosidade no parque industrial significa taxa de rentabilidade muito baixa ou negativa, o que é impeditivo não só da retomada do investimento como fragiliza a sua situação financeira'. Na passagem de novembro para dezembro, os indicadores subiram 1% e 0,2%, respectivamente.
A alta no nível de emprego foi a primeira depois de 23 meses consecutivos de recuo, destacou Castelo Branco. Apesar disso, os indicadores de renda na indústria caíram tanto entre novembro e dezembro quanto na comparação entre 2015 e 2016. O ano terminou com recuo de 1,6% na massa salarial e queda de 1,2% no rendimento médio. No ano, o recuo foi de 8,6% para a massa salarial e 1,2% para o rendimento médio real. Os dados são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI), por sua vez, teve uma queda entre novembro e dezembro na série dessazonalizada, ao passar de 76,4% para 76%. "A UCI terminou 2016 no menor nível histórico, indicativo de grande folga que existe na indústria, o que é limitador da retomada de investimento", diz o economista."
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